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Sarkozy e Royal voltam ao cenário para eleições legislativas de junho
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da Efe, em Paris
O recém-empossado presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a candidata derrotada na disputa pelo Palácio do Eliseu, Ségolène Royal, voltam amanhã ao cenário eleitoral. Desta vez, não como candidatos, mas por ocasião das campanhas das eleições legislativas de junho.
Reuters |
Ségolène Royal não descarta a possibilidade de concorrer à liderança de seu partido |
Sarkozy participará amanhã de um comício em La Havre (noroeste), organizado, sobretudo, pela conservadora e governista União por um Movimento Popular (UMP), para pedir maioria aos franceses nas eleições legislativas de 10 e 17 de junho.
Segundo o presidente francês, um número expressivo de cadeiras no Congresso permitiria que seu projeto de "ruptura" possa ser posto em prática.
O novo secretário-geral da UMP, Patrick Devedjian, defendeu a participação de Sarkozy nesta "grande reunião republicana", que será seu único ato na campanha.
Já Royal participará em Paris de um grande comício do Partido Socialista (PS) junto do líder da legenda, François Hollande, e de outros pré-candidatos derrotados por ela nas primárias internas do partido, como Laurent Fabius e Dominique Strauss-Kahn.
Favoritismo
Segundo as pesquisas, a UMP deve revalidar a maioria absoluta que teve em 2002 na Assembléia Nacional (câmara dos deputados), quando 577 cadeiras foram renovadas.
Fragilizado por tensões internas que ressurgiram com a derrota de Royal, o PS solicita aos eleitores enviar o número máximo de socialistas à câmara para não dar a Sarkozy "todos os poderes".
Trata-se de criar "contra-poderes, uma oposição nova, sem espírito de revanche, mas sem fatalismo", encarregada de "vigiar, propor e se opor", disse Royal hoje na rede de TV France 2.
A socialista pediu aos 17 milhões de eleitores que a apoiaram nas eleições presidenciais de 6 de maio e aos demais franceses que se mobilizem nas urnas porque esta "oposição nova" deve ser "a mais ampla possível", a fim de que a esquerda tenha um papel de destaque na política.
Royal, que se manteve discreta após a derrota, não é candidata à reeleição como deputada porque se opõe à acumulação de mandatos. Atualmente, ela exerce o cargo de presidente da região de Poitou-Charentes.
A socialista também desafiou seu adversário a não esperar as eleições de junho para tomar medidas em relação aos hospitais e decretar uma moratória sobre os transgênicos.
Possível liderança
Royal acusou o novo presidente francês de ter "enganado" os eleitores na reforma fiscal e de retroceder nas negociações da Turquia com a União Européia, criticada fortemente por Sarkozy durante as campanhas presidenciais.
Por outro lado, ela afirmou que concentrará esforços no trabalho de "reforma de bases" que seu partido deverá empreender depois das eleições legislativas.
"Não descarto nada", disse a socialista, ao ser questionada sobre se será candidata à liderança do PS, a qual seu companheiro já indicou que deixará, porém, sem especificar data.
No entanto, Royal afirmou que "não é o momento" de falar sobre esse assunto e acrescentou que os "ataques" contra Hollande "não engrandecem seus autores".
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