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18/05/2007
-
07h56
da BBC Brasil, em Paris
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, nomeou sete mulheres e dois integrantes da oposição entre os ministros que formarão o seu governo.
Sarkozy também reduziu praticamente pela metade o número de ministérios para 15 pastas.
A paridade entre homens e mulheres no governo foi uma das promessas de campanha de Sarkozy, assim como a redução do número de pastas.
Em seu discurso de posse, na quarta-feira, Sarkozy confirmou que formaria um governo além das fronteiras de seu próprio partido.
Em uma aparente estratégia política, já de olho nas eleições legislativas de junho, Sarkozy nomeou o socialista Bernard Kouchner, um dos fundadores da ONG Médicos Sem Fronteiras, para o ministro das Relações Exteriores.
Kouchner, que foi chefe da missão da ONU no Kosovo entre 1999 e 2001, criticou Sarkozy durante a campanha presidencial e tem conhecidas posições anti-americanas, se diferenciando do novo presidente francês.
Já o centrista Hervé Morin ficará com outro ministério de peso, o da Defesa.
Outros dois socialistas serão titulares de Secretarias de Estado, cargos de segundo escalão-- um deles é Eric Besson, que foi braço-direito de Sègoléne Royal, candidata presidencial derrotada por Sarkozy.
O ex-premiê de centro-direita Alain Juppé, que foi banido do governo por um ano após um escândalo de financiamento de campanha em 2005, vai ocupar o novo Ministério do Desenvolvimento Sustentável, que reúne também as pastas do Meio Ambiente, Energia e Transportes.
Analistas dizem que Juppé deverá ser o número dois do governo em termos de peso político, papel que era exercido pelo próprio Sarkozy como ministro do Interior durante a presidência de Jacques Chirac.
Os ministros formam a equipe do primeiro-ministro François Fillon, que assumiu suas funções na quinta-feira.
Mulheres
As mulheres ficaram com as seguintes pastas: a ex-ministra da Defesa Michèle Alliot-Marie é a nova ministra do Interior, Christine Lagarde, que já era ministra do Comércio Exterior no governo Chirac (Agricultura), Rachida Dati, porta-voz de Sarkozy durante a campanha presidencial (Justiça), Valérie Pécresse (Ensino Superior e da Pesquisa), Christine Albanel (Cultura e Comunicação), Christine Boutin (Habitação e das Cidades), Roselyne Bachelot (Saúde e dos Esportes).
Sarkozy também cumpriu outra promessa de campanha, a de criar o Ministério da Imigração e da Identidade Nacional, criticado pela oposição e por organizações de direitos humanos.
A pasta será ocupada por Brice Hortefeux, braço-direito de Sarkozy durante a campanha presidencial.
Os outros ministros são: Xavier Darcos (Educação), Jean-Louis Borloo (Economia Finanças e Emprego), Xavier Bertrand (Trabalho, Relações Sociais e Solidariedade), Eric Woerth (Orçamento e Função Pública). Borloo e Darcos foram ministros do governo Chirac.
Outra novidade, a criação do cargo de alto-comissário para a luta contra a pobreza, que será ocupado pelo presidente da importante organização humanitária Emmaüs, fundada pelo padre Abbé Pierre, um dos maiores defensores dos sem-teto na França, falecido em janeiro.
Sarkozy quer demonstrar que não vai perder tempo para implementar as prometidas reformas econômicas e sociais.
O novo gabinete de governo já realiza a primeira reunião do Conselho de Ministros nesta tarde.
Promessa
Sarkozy assumiu a Presidência da França na quarta-feira no lugar de Jacques Chirac, que ficou no poder há 12 anos.
No discurso de posse, o novo presidente francês prestou uma homenagem aos seus antecessores, em especial, ao general Charles de Gaulle, que ele disse ter salvado a França duas vezes, e a Chirac, por ter "levado os valores universais da França ao mundo".
Ao povo francês, o novo presidente disse: "Não vou decepcioná-los". E prometeu defender a identidade e a independência da França e trabalhar por uma Europa que proteja seus próprios cidadãos.
Sarkozy afirmou ainda que nunca houve uma necessidade tão grande de se opor à intolerância e ao racismo.
O novo presidente também prometeu trabalhar em temas como mudanças climáticas e ajuda à África.
O desenvolvimento econômico da África é considerado por analistas como uma estratégia de Sarkozy para conter a imigração na França.
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Sarkozy forma governo com oposição e sete mulheres
DANIELA FERNANDESda BBC Brasil, em Paris
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, nomeou sete mulheres e dois integrantes da oposição entre os ministros que formarão o seu governo.
Sarkozy também reduziu praticamente pela metade o número de ministérios para 15 pastas.
A paridade entre homens e mulheres no governo foi uma das promessas de campanha de Sarkozy, assim como a redução do número de pastas.
Em seu discurso de posse, na quarta-feira, Sarkozy confirmou que formaria um governo além das fronteiras de seu próprio partido.
Em uma aparente estratégia política, já de olho nas eleições legislativas de junho, Sarkozy nomeou o socialista Bernard Kouchner, um dos fundadores da ONG Médicos Sem Fronteiras, para o ministro das Relações Exteriores.
Kouchner, que foi chefe da missão da ONU no Kosovo entre 1999 e 2001, criticou Sarkozy durante a campanha presidencial e tem conhecidas posições anti-americanas, se diferenciando do novo presidente francês.
Já o centrista Hervé Morin ficará com outro ministério de peso, o da Defesa.
Outros dois socialistas serão titulares de Secretarias de Estado, cargos de segundo escalão-- um deles é Eric Besson, que foi braço-direito de Sègoléne Royal, candidata presidencial derrotada por Sarkozy.
O ex-premiê de centro-direita Alain Juppé, que foi banido do governo por um ano após um escândalo de financiamento de campanha em 2005, vai ocupar o novo Ministério do Desenvolvimento Sustentável, que reúne também as pastas do Meio Ambiente, Energia e Transportes.
Analistas dizem que Juppé deverá ser o número dois do governo em termos de peso político, papel que era exercido pelo próprio Sarkozy como ministro do Interior durante a presidência de Jacques Chirac.
Os ministros formam a equipe do primeiro-ministro François Fillon, que assumiu suas funções na quinta-feira.
Mulheres
As mulheres ficaram com as seguintes pastas: a ex-ministra da Defesa Michèle Alliot-Marie é a nova ministra do Interior, Christine Lagarde, que já era ministra do Comércio Exterior no governo Chirac (Agricultura), Rachida Dati, porta-voz de Sarkozy durante a campanha presidencial (Justiça), Valérie Pécresse (Ensino Superior e da Pesquisa), Christine Albanel (Cultura e Comunicação), Christine Boutin (Habitação e das Cidades), Roselyne Bachelot (Saúde e dos Esportes).
Sarkozy também cumpriu outra promessa de campanha, a de criar o Ministério da Imigração e da Identidade Nacional, criticado pela oposição e por organizações de direitos humanos.
A pasta será ocupada por Brice Hortefeux, braço-direito de Sarkozy durante a campanha presidencial.
Os outros ministros são: Xavier Darcos (Educação), Jean-Louis Borloo (Economia Finanças e Emprego), Xavier Bertrand (Trabalho, Relações Sociais e Solidariedade), Eric Woerth (Orçamento e Função Pública). Borloo e Darcos foram ministros do governo Chirac.
Outra novidade, a criação do cargo de alto-comissário para a luta contra a pobreza, que será ocupado pelo presidente da importante organização humanitária Emmaüs, fundada pelo padre Abbé Pierre, um dos maiores defensores dos sem-teto na França, falecido em janeiro.
Sarkozy quer demonstrar que não vai perder tempo para implementar as prometidas reformas econômicas e sociais.
O novo gabinete de governo já realiza a primeira reunião do Conselho de Ministros nesta tarde.
Promessa
Sarkozy assumiu a Presidência da França na quarta-feira no lugar de Jacques Chirac, que ficou no poder há 12 anos.
No discurso de posse, o novo presidente francês prestou uma homenagem aos seus antecessores, em especial, ao general Charles de Gaulle, que ele disse ter salvado a França duas vezes, e a Chirac, por ter "levado os valores universais da França ao mundo".
Ao povo francês, o novo presidente disse: "Não vou decepcioná-los". E prometeu defender a identidade e a independência da França e trabalhar por uma Europa que proteja seus próprios cidadãos.
Sarkozy afirmou ainda que nunca houve uma necessidade tão grande de se opor à intolerância e ao racismo.
O novo presidente também prometeu trabalhar em temas como mudanças climáticas e ajuda à África.
O desenvolvimento econômico da África é considerado por analistas como uma estratégia de Sarkozy para conter a imigração na França.
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