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02/07/2007 - 19h52

Alarme falso leva polícia a fechar parte de aeroporto de Londres

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da Folha Online

O pacote suspeito que obrigou a polícia britânica a fechar parte do aeroporto de Stansted, em Londres, nesta segunda-feira, não passa de um alarme falso, confirmaram as autoridades locais. Oficiais do Exército do Reino Unido examinaram um pacote que foi deixado em um terminal do aeroporto hoje e concluíram que ele não representava ameaças.

Shakil Adil/AP
Policial patrulha rua de Londres; oito suspeitos de ligação com ações terroristas são presos
Policial patrulha rua de Londres; oito suspeitos de ligação com ações terroristas são presos

O aeroporto foi reaberto depois de ser fechado por mais de uma hora hoje devido ao pacote. Um homem, cuja identidade não foi revelada, foi detido por suposta participação no incidente. "Não há mais motivos para preocupação", afirmou um porta-voz da polícia britânica.

O Reino Unido elevou suas medidas de segurança depois de sofrer três tentativas de atentados desde a última sexta-feira (29). Os atos levaram à prisão de ao menos sete supostos membros de uma célula acusada de lançar um jipe em chamas contra o aeroporto de Glasgow, na Escócia, no sábado (30), e deixar dois carros-bomba em Londres na sexta-feira.

O aeroporto de Stansted é o terceiro maior de Londres. O alerta de segurança obrigou autoridades a isolar várias áreas do local, enquanto lojas foram fechadas. No momento em que o aeroporto foi fechado, havia cerca de 200 pessoas nos terminais.

Prisões

Autoridades do Departamento de Contraterrorismo afirmaram anteriormente que o grupo terrorista que efetuou os atentados frustrados incluiria ao menos oito integrantes, que seriam liderados por um homem identificado como "Mr. Big". Cinco pessoas foram detidas no final de semana. Entre eles, estariam dois médicos --um do Iraque e outro da Jordânia-- que trabalhavam em hospitais britânicos.

A prisão de outros dois suspeitos foi anunciada pela polícia na manhã desta segunda-feira.

A polícia se recusou a revelar as identidades dos detidos. Segundo jornais britânicos, eles também seriam médicos --um deles um iraniano que trabalharia no Hospital North Staffordshire, no centro da Inglaterra. O porta-voz do hospital recusou-se a comentar o caso.

No sábado (30), o motorista do jipe em chamas lançado contra o aeroporto escocês e seu acompanhante foram presos. Ambos sobreviveram, mas o motorista sofreu queimaduras.

O atentado ocorreu apenas 36 horas depois que policiais desativaram duas Mercedes munidas com cilindros de gás, galões de gasolina e pregos deixados no centro de Londres.

Um porta-voz policial afirmou que dois suspeitos foram levados para Londres para questionamento.

Explosões controladas

A rede de TV americana CNN afirmou nesta segunda-feira que um esquadrão antibombas foi chamado para um hospital em Glasgow e realizou explosões controladas de dois artefatos suspeitos. O local é o mesmo onde um dos acusados de tentar cometer o atentado no aeroporto de Glasgow neste sábado (30) está recebendo tratamento.

O Hospital Royal Alexandra continuou com funcionamento normal, segundo as autoridades locais, e as explosões não representaram risco para o público e o hospital.

De acordo com a agência Efe, oficiais realizaram outra explosão controlada em um veículo suspeito estacionado no mesmo hospital neste domingo.

Segurança

Medidas de segurança foram intensificadas em todo o Reino Unido, enquanto autoridades mantém o nível de ameaça terrorista como "crítico", o que significa que é iminente a possibilidade de um novo atentado.

Os atentados são um teste para o novo premie britânico, Gordon Brown, que na semana passada substituiu Tony Blair.

Tim Ockenden/AP
Policiais patrulham aeroporto de Heathrow, em Londres, onde a segurança foi elevada
Policiais patrulham aeroporto de Heathrow, em Londres, onde a segurança foi elevada

Brown disse acreditar que os novo ataques foram feitos por terroristas ligados à Al Qaeda.

A nova ministra do Interior, Jacqui Smith, afirmou que o Reino Unido enfrenta uma "séria ameaça terrorista" e pediu que a população fique em alerta. Smith deve fazer um pronunciamento no Parlamento na tarde desta segunda-feira.

"'Não vamos deixar este terrorismo nos intimidar", disse ela à rede de TV Sky News.

"Obviamente, precisamos acirrar as medidas de segurança, e precisamos que a população fique o mais vigilante possível".

Em julho de 2005, o Reino Unido tornou-se o primeiro país da Europa Ocidental a ser alvo de ataques suicidas, após uma série de atentados contra a rede de transportes londrina, que matou 52 pessoas.

Com Efe, Reuters e Associated Press

 

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