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08/07/2007 - 22h47

EUA cancelaram operação no Paquistão para prender líderes da Al Qaeda, diz jornal

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da Efe, em Washington

Uma missão secreta dos Estados Unidos para capturar líderes da organização terrorista Al Qaeda no Paquistão em 2005 foi cancelada na última hora por ser considerada muito perigosa, publicou o jornal "The New York Times" neste domingo (8).

O jornal cita responsáveis militares e um funcionário dos serviços de inteligência envolvido no planejamento da operação como fontes. A matéria afirma que o objetivo da campanha era uma reunião de líderes da Al Qaeda.

Os funcionários dos serviços de inteligência acreditam que o encontro contou com a participação de Ayman al-Zawahri, um dos colaboradores de Osama bin Laden e suspeito de comandar as operações do grupo.

O jornal nova-iorquino afirma que a operação secreta foi cancelada no último minuto a pedido do então secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, que negou um pedido do diretor da CIA na época, Porter Goss, para que os planos fossem colocados em prática.

De acordo com fontes anônimas consultadas pelo jornal, Rumsfeld achava que a missão, que envolveu centenas de agentes, colocaria a vida de muitos americanos em perigo.

O ex-chefe do Pentágono também estava preocupado com as relações entre Estados Unidos e Paquistão - país aliado que tinha muitas reservas à presença americana em suas áreas tribais.

"The New York Times" afirma que a decisão de Rumsfeld frustrou vários altos funcionários dos serviços de inteligência e responsáveis pelas operações secretas especiais do Exército.

Alguns deles acreditam que os Estados Unidos perderam uma grande oportunidade de prender líderes da Al Qaeda.

O jornal afirma que a frustração aumentou nos últimos dois anos, nos quais o grupo terrorista melhorou sua capacidade de planejamento de atentados globais e construiu novos acampamentos de treinamento terrorista nas áreas tribais do Paquistão.

O ex-funcionário de inteligência envolvido na missão disse que a campanha alcançou uma dimensão tão grande que passou a ser considerada como "a invasão do Paquistão".

"Queríamos tentar", disse o funcionário. Outras fontes consultadas pelo jornal informaram que houve várias ocasiões desde os atentados de 11 de setembro de 2001, nas que os Estados Unidos consideraram a possibilidade de posicionar uma grande força militar no Paquistão.

Os porta-vozes do Pentágono, da CIA e da Casa Branca se negaram a dar declarações ao jornal.

O NYT informa que não está claro se o presidente George W. Bush sabia da operação.

 

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