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Reino Unido condena decisão de Moscou no caso da morte de espião
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da Folha Online
O Reino Unido considerou "inaceitável" nesta terça-feira a negativa russa para extraditar o ex-agente de segurança russo Andrei Lugovoi, que é o principal suspeito no assassinato do ex-espião russo Alexander Litvinenko. Promotores britânicos confirmaram nesta terça-feira que Moscou enviou ontem uma negativa formal para extraditar Lugovoi, principal suspeito do assassinato.
10.mai.2002/AP |
O ex-espião russo Alexander Litvinenko, morto em Londres |
Asilado em Londres desde 2003, Litvinenko morreu em 23 de novembro, num hospital de Londres, após ter sido envenenado pelo elemento radioativo polônio-210. Numa declaração lida por amigos após sua morte, o ex-espião russo acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de estar por trás de seu assassinato -- acusação que o Kremlin negou.
Um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que a resposta negativa da Rússia foi "extremamente decepcionante". "Estamos revendo a situação e considerando os próximos passos que podemos tomar. Consideramos esse um assunto sério", disse o porta-voz do governo britânico, acrescentando que todas as possibilidades estão sendo consideradas.
"A Rússia é um importante parceiro em muitos assuntos e continuamos buscando uma relação construtiva com eles, mas dada a recusa para cooperar neste assunto, precisamos considerar cuidadosamente nosso raio de cooperação."
Moscou se ofereceu para julgar Lugovoi na Rússia. Mas, segundo o porta-voz britânico, o governo continua convencido de que Lugovoi deve responder pela acusação numa corte britânica. "Não temos plena certeza de que um julgamento em Moscou possa alcançar os padrões de imparcialidade e justiça que seriam necessários."
A procuradoria geral britânica disse que as autoridades russas se disseram preparadas para julgar Lugovoi na Rússia se as provas fossem enviadas. "A alegação contra o senhor Lugovoi é de que ele matou um cidadão britânico por envenenamento deliberado", disse em declaração Ken Macdonald, diretor da procuradoria pública. "O local apropriado para seu julgamento, portanto, é Londres".
Pistas do caso
Litvinenko disse que se sentiu mal pela primeira vez após encontrar-se com Lugovoi e seu parceiro de negócios Dmitri Kovtun num hotel de Londres.
24.nov.2006/AP |
O ex-agente da KGB Andrei Lugovoi, acusado do crime |
Traços de radioatividade foram encontrados em vários locais da capital britânica após a morte de Litvinenko, incluindo três hotéis, um estádio, duas aeronaves e um escritório comercial usado pelo bilionário russo Boris Berezovski.
A polícia britânica também encontrou uma trilha de radiação seguindo os movimentos de Lugovoi, mas o russo negou ser culpado, afirmando acreditar que Litvinenko foi morto pela inteligência britânica.
Putin e outras autoridades afirmaram que a Constituição russa proíbe extradições, mas Moscou também não gostou da negativa britânica de entregar o auto-exilado milionário russo Boris Berezovski. Autoridades russas sugeriram que o assassinato de Litvinenko foi tramado por inimigos de Putin no exterior, como Berezovski.
Com Reuters e Associated Press
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