Publicidade
Publicidade
Rússia acusa Reino Unido de politizar caso Litvinenko
Publicidade
da Efe, em Moscou
O ministro de Assuntos Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, acusou nesta sexta-feira o Reino Unido de "politizar" o caso do espião Alexander Litvinenko, assassinado em novembro do ano passado em Londres.
Sergei Chirikov/Efe |
O russo Andrei Lugovoi (foto) acusa o Reino Unido pelo assassinato do ex-espião |
"Vemos como o Reino Unido tenta utilizar este caso criminal para instigar uma campanha política", disse Lavrov às agências russas.
O ministro assegurou que a Rússia "é contra a politização deste caso, que pertence exclusivamente ao âmbito dos órgãos de segurança". O ministro reconheceu que a atitude britânica está repercutindo nas relações bilaterais, que se encontram no pior momento dos últimos anos.
O empresário russo e ex-agente da KGB Andrei Lugovoi afirmou ontem que os serviços secretos britânicos, em particular o MI-6, são responsáveis pelo assassinato do espião, que vivia em Londres desde 2000. O Reino Unido acusa Lugovoi pelo crime e já pediu sua extradição à Rússia.
"Litvinenko era um agente que escapou do controle do MI-6 e foi assassinado. Se não pelos serviços secretos, por elementos sob seu controle e com sua conivência", afirmou.
Defesa
Lugovoi voltou a insistir em sua inocência em sua primeira entrevista coletiva desde que foi acusado na semana passada pela Justiça britânica. Para o Reino Unido, ele foi o autor material do assassinato de Litvinenko com polônio 210, substância radioativa altamente tóxica.
O acusado afirmou que os serviços secretos britânicos supostamente tinham tentado recrutá-lo para que ele fornecesse "informações comprometedoras sobre o presidente [russo, Vladimir] Putin e os membros de sua família".
Lugovoi acrescentou que Londres estava interessada em estabelecer contato com membros do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB), do Serviço de Espionagem Exterior e do corpo de guarda-costas do Kremlin.
Reação
Londres não demorou a reagir às alegações de Lugovoi, e o Ministério de Exteriores do Reino Unido assegurou em comunicado que o caso Litvinenko é um "assunto criminal" e "não de espionagem".
10.mai.2002/AP |
O ex-espião russo Alexander Litvinenko, morto em Londres |
"Um cidadão britânico foi assassinado em Londres e cidadãos e visitantes no Reino Unido foram postos em perigo", assegurou um porta-voz da diplomacia britânica.
Além disso, acrescentou que Londres "pediu a extradição de Lugovoi para que este seja submetido a julgamento no Reino Unido".
"Agora esperamos a resposta formal russa", informou o porta-voz britânico.
A Procuradoria Geral da Rússia afirma que o artigo 61 da Constituição impede a extradição de um cidadão russo, por isso em nenhum caso entregarão Lugovoi para seu julgamento no Reino Unido.
O procurador-geral da Rússia, Yuri Chaika, deixou aberta a possibilidade de que Lugovoi seja julgado em território russo, se as autoridades britânicas apresentarem provas suficientes contra ele.
Leia mais
- "Rixa" entre Putin e empresário matou ex-espião russo, diz viúva
- Análise: Pedido de extradição gera tensão entre Reino Unido e Rússia
- Reino Unido acusa ex-agente da KGB por morte de espião russo
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice