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01/06/2007 - 17h31

Rússia acusa Reino Unido de politizar caso Litvinenko

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da Efe, em Moscou

O ministro de Assuntos Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, acusou nesta sexta-feira o Reino Unido de "politizar" o caso do espião Alexander Litvinenko, assassinado em novembro do ano passado em Londres.

Sergei Chirikov/Efe
O russo Andrei Lugovoi (foto) acusa o Reino Unido pelo assassinato do ex-espião
O russo Andrei Lugovoi (foto) acusa o Reino Unido pelo assassinato do ex-espião

"Vemos como o Reino Unido tenta utilizar este caso criminal para instigar uma campanha política", disse Lavrov às agências russas.

O ministro assegurou que a Rússia "é contra a politização deste caso, que pertence exclusivamente ao âmbito dos órgãos de segurança". O ministro reconheceu que a atitude britânica está repercutindo nas relações bilaterais, que se encontram no pior momento dos últimos anos.

O empresário russo e ex-agente da KGB Andrei Lugovoi afirmou ontem que os serviços secretos britânicos, em particular o MI-6, são responsáveis pelo assassinato do espião, que vivia em Londres desde 2000. O Reino Unido acusa Lugovoi pelo crime e já pediu sua extradição à Rússia.

"Litvinenko era um agente que escapou do controle do MI-6 e foi assassinado. Se não pelos serviços secretos, por elementos sob seu controle e com sua conivência", afirmou.

Defesa

Lugovoi voltou a insistir em sua inocência em sua primeira entrevista coletiva desde que foi acusado na semana passada pela Justiça britânica. Para o Reino Unido, ele foi o autor material do assassinato de Litvinenko com polônio 210, substância radioativa altamente tóxica.

O acusado afirmou que os serviços secretos britânicos supostamente tinham tentado recrutá-lo para que ele fornecesse "informações comprometedoras sobre o presidente [russo, Vladimir] Putin e os membros de sua família".

Lugovoi acrescentou que Londres estava interessada em estabelecer contato com membros do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB), do Serviço de Espionagem Exterior e do corpo de guarda-costas do Kremlin.

Reação

Londres não demorou a reagir às alegações de Lugovoi, e o Ministério de Exteriores do Reino Unido assegurou em comunicado que o caso Litvinenko é um "assunto criminal" e "não de espionagem".

10.mai.2002/AP
O ex-espião russo Alexander Litvinenko, morto em Londres
O ex-espião russo Alexander Litvinenko, morto em Londres

"Um cidadão britânico foi assassinado em Londres e cidadãos e visitantes no Reino Unido foram postos em perigo", assegurou um porta-voz da diplomacia britânica.

Além disso, acrescentou que Londres "pediu a extradição de Lugovoi para que este seja submetido a julgamento no Reino Unido".

"Agora esperamos a resposta formal russa", informou o porta-voz britânico.

A Procuradoria Geral da Rússia afirma que o artigo 61 da Constituição impede a extradição de um cidadão russo, por isso em nenhum caso entregarão Lugovoi para seu julgamento no Reino Unido.

O procurador-geral da Rússia, Yuri Chaika, deixou aberta a possibilidade de que Lugovoi seja julgado em território russo, se as autoridades britânicas apresentarem provas suficientes contra ele.

 

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