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15/07/2007 - 10h26

Dois ataques suicidas deixam 28 mortos no Paquistão

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da Folha Online

No segundo ataque suicida deste domingo, um terrorista com explosivos matou 14 pessoas e feriu 30 em um quartel de polícia no noroeste do Paquistão, informaram oficiais. Anteriormente, dois suicidas e um bomba de beira de estrada atingiram simultaneamente um comboio militar na região, deixando 11 soldados e três civis mortos, de acordo com um porta-voz do Exército.

9.jul.2007/AP
Soldado paquistanês vigia Mesquita Vermelha; ações de hoje mataram 28
Soldado paquistanês vigia Mesquita Vermelha; ações de hoje mataram 28

Os ataques crescentes contra forças de segurança paquistanesas chegam menos de uma semana depois da invasão da Mesquita Vermelha em Islamabad, bastião de radicais que se opõe ao presidente do país, Pervez Musharraf, e defendem a implantação da lei islâmica. Uma semana de cerco à mesquita e a invasão resultaram na morte de ao menos 108 pessoas.

O suicida do segundo ataque deste domingo tomou como alvo pessoas que realizavam testes escritos e exames médicos para recrutamento na força policial da cidade de Dera Ismail Khan, localizada perto de uma região tribal onde radicais islâmicos atuam.

Mais de 150 pessoas estavam na região do quartel de polícia quando o terrorista detonou explosivos. A maioria das vítimas era de postulantes ao posto, mas também há policiais mortos.

Dear Ismail Khan é uma cidade localizada perto da região de Waziristan Sul, área tribal que faz fronteira com o Afeganistão e onde suspeita-se que membros da rede terrorista Al Qaeda e do movimento radical islâmico afegão Taleban operem.

Ontem, ao menos 18 soldados paquistaneses morreram e 28 foram feridos quando um terrorista suicida lançou seu carro cheio de explosivos contra um comboio militar em Waziristan Norte, anunciou um porta-voz do Exército.

Antigoverno

Nesta sexta-feira, milhares de paquistaneses muçulmanos protestam contra o governo do país por ordenar a invasão do Exército à Mesquita Vermelha.

Os protestos ocorreram em meio a um reforço na segurança em mesquitas e prédios do governo do Paquistão devido a ameaças de grupos extremistas.

Os manifestantes queimaram imagens do presidente Pervez Musharraf e do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que são aliados. Eles gritavam slogans como "vida longa aos mártires de Lal Masjid" e "Musharraf assassino".

Al Qaeda e Taleban

A Al Qaeda e o Taleban também prometeram atacar o Paquistão, ameaçando lançar ataques suicidas contra alvos governamentais. O irmão de um clérigo morto na Mesquita Vermelha convocou uma revolução islâmica no país.

arquivo/AP
Foto aérea mostra complexo da Mesquita Vermelha sob ataque das forças militares
Foto aérea mostra complexo da Mesquita Vermelha sob ataque das forças militares

Dois ataques suicidas foram registrados na última quinta-feira, um dia depois do fim da invasão na mesquita, e deixaram ao menos sete mortos. A violência no norte do Paquistão já matou mais de 90 pessoas desde o início do cerco em Islamabad, em ações supostamente ligadas aos protestos contra a operação do Exército.

Os radicais da Mesquita Vermelha são acusados de apoiarem o movimento radical afegão Taleban e de tentarem estabelecer no Paquistão um regime similar ao que o grupo tinha no Afeganistão antes da invasão americana, em 2001. Eles se opõe também à aliança entre o presidente Musharraf e os Estados Unidos na chamada guerra contra o terror mundial.

com Associated Press

 

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