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Suspeito de matar ex-espião se diz disposto a ser julgado na Rússia
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da France Presse, em Moscou
O principal suspeito da polícia britânica pelo assassinato do ex-espião russo Alexander Litvinenko, Andrei Lugovoi, declarou nesta sexta-feira que está disposto a ser julgado na Rússia, mas afirmou que o Reino Unido não tem "nenhuma prova" contra ele.
24.nov.2006/AP |
O ex-agente da KGB Andrei Lugovoi, acusado do crime |
"Sim, naturalmente", respondeu Lugovoi durante entrevista à emissora Eco de Moscou, perguntado sobre se estaria disposto a ser julgado na Rússia.
Litvinenko morreu em Londres em 2006, após ter sido envenenado com polônio-210, um elemento altamente radioativo. O Reino Unido, que investiga a morte do ex-espião, pediu a extradição de Lugovoi à Rússia para que ele seja julgado em Londres. A recusa do Kremlin desencadeou uma grande crise diplomática entre os dois países nos últimos dias, incluindo a expulsão recíproca de diplomatas de ambos os países.
"Na carta do promotor russo ao Reino Unido, na qual notifica a negativa à minha extradição, está descrita a disponibilidade de meu julgamento em território russo caso o Reino Unido envie provas", disse Lugovoi. "Mas eles [os britânicos] não têm nenhuma prova", acrescentou.
"Em oito meses não recebi nenhuma carta oficial, nenhuma intimação para ir a Londres depor", declarou Lugovoi na entrevista.
O ex-agente do serviço de segurança russo, que hoje trabalha como empresário, também afirmou "não ter matado" Litvinenko nem "ter participado" de uma frustrada tentativa de assassinato contra o bilionário russo Boris Berezovski.
Na última quarta-feira (18), o Reino Unido anunciou ter prendido em Londres um homem acusado de participar de um plano para assassinar Berezovski, que vive exilado em Londres devido a sua forte oposição ao presidente russo, Vladimir Putin.
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