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01/08/2007 - 05h48

Relatório sobre Jean Charles criticará subcomissário da Scotland Yard

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da Efe, em Londres

O subcomissário encarregado das operações especiais da Scotland Yard, Andy Hayman, será criticado em um relatório oficial sobre o caso de Jean Charles de Menezes, morto a tiros por policiais que confundiram o brasileiro com um terrorista em 2005, diz a edição de hoje do jornal britânico "The Guardian".

Segundo o jornal, a Comissão Independente de Queixas à Polícia (IPCC), que supervisiona o trabalho policial, criticará duramente Hayman. Ele supostamente mentiu sobre a identidade da pessoa morta em 22 de julho de 2005 na estação de metrô de Stockwell, em Londres.

No mesmo dia, o comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, disse que o rapaz morto a tiros estava "diretamente relacionado" com os atentados fracassados da véspera, na capital britânica. Só no sábado, 23 de julho de 2005, veio a revelação de que se tratava de uma pessoa inocente.

O "Guardian" ressalta que o relatório do IPCC, que será divulgado amanhã, vai criticar Hayman por não ter informado imediatamente a Ian Blair que havia conjecturas de que o morto podia ser um inocente.

Ian Blair foi informado em 23 de julho que a polícia tinha matado Jean Charles de Menezes, e não um terrorista suicida procurado.

O relatório "Stockwell 2" é resultado de uma investigação de dois anos para estabelecer "quem" na polícia sabia o que tinha acontecido logo após a tragédia.

A polícia sempre insistiu que estava numa situação muito difícil, devido ao atentado fracassado de 21 de julho. O país vivia ainda a tensão dos atentados suicidas de 7 de julho de 2005, em Londres, nos quais 56 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas.

Ian Blair será criticado apenas por não ter uma relação mais estreita com destacados agentes da polícia.

No ano passado, a Promotoria acusou a polícia em seu conjunto, mas não os policiais que mataram o brasileiro. A acusação se baseou na Lei de Saúde e Segurança no Trabalho, de 1974, descumprida pela Scotland Yard, que não garantiu "a saúde, segurança e bem-estar" do brasileiro.

Jean Charles de Menezes era eletricista e tinha 27 anos. Ele ia para o trabalho quando morreu em um vagão do metrô em Stockwell, atingido por vários tiros na cabeça.

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