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Olmert e Abbas dizem que encontro em Jericó foi "construtivo"
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da Folha Online
O encontro entre o premiê israelense, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, nesta segunda-feira, durou cerca de três horas e foi "construtivo", segundo os dois líderes, que não divulgaram detalhes sobre progressos nas negociações. O diálogo entre Olmert e Abbas negociou os princípios gerais que embasarão discussões sobre o status final de um Estado palestino na região.
Amos Ben Gershom/AP |
Ehud Olmert (esq.) e Mahmoud Abbas disseram que encontro hoje em Jericó foi "construtivo" |
O encontro é o primeiro de uma série de sessões para preparar o terreno para uma conferência de paz que deverá ocorrer em novembro nos Estados Unidos.
Os assuntos da reunião de hoje foram ajuda humanitária aos palestinos, preocupações de segurança por parte de Israel e os princípios básicos para a formação de um futuro Estado palestino, de acordo com David Barker, porta-voz de Olmert. No encontro não foram discutidas questões como fronteiras, assentamentos, o status de Jerusalém e refugiados palestinos.
Saeb Erekat, assessor de Abbas e negociador palestino, afirmou que Olmert disse ao presidente da ANP que facilitará a mobilidade dos palestinos da Cisjordânia e de alguns estudantes em Gaza.
Já Abbas agradeceu a liberação de 250 presos palestinos em 20 de julho e pediu mais libertações em um futuro próximo, segundo Erekat, que falou em uma entrevista coletiva na sede da ANP em Ramallah, na Cisjordânia. Israel prometeu "considerar" a libertação de mais palestinos, segundo um oficial israelense.
Segurança
Oficiais palestinos afirmaram que Olmert é o primeiro israelense a visitar a cidade na Cisjordânia em mais de seis anos.
Emilio Morenatti/AP |
Forte esquema de segurança foi feito para comboio de Ehud Olmert |
A comitiva de Olmert chegou ao resort em Jericó, a menos de um quilômetro do último posto de segurança israelense na entrada da cidade, acompanhada por dois helicópteros e com grande vigilância. Após a reunião, o comboio se dirigiu a Jerusalém.
O encontro ocorreu em uma das áreas consideradas mais seguras da Cisjordânia. Mesmo assim, o evento foi um desafio para o aparato de proteção de Olmert, pois as forças de segurança de Abbas ainda estão enfraquecidas na região.
É ainda incerta a capacidade de Abbas de firmar acordos com o movimento radical islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza desde meados de junho, após expulsar a facção rival Fatah --à qual pertence o presidente da ANP-- para a Cisjordânia.
Sami Abu Zuhri, oficial do Hamas, afirmou que o "inimigo israelense" está explorando as negociações para melhorar sua imagem, e o povo palestino não receberá nada em troca.
Anistia
Um dia antes da reunião, mais de 300 guerrilheiros palestinos na Cisjordânia aceitaram entregar suas armas como parte de um acordo de anistia com Israel. A informação foi divulgada neste domingo por um alto oficial de segurança palestino citado pela agência Associated Press.
Entre os guerrilheiros estão incluídos membros das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado do movimento Fatah, de Mahmoud Abbas.
Depois da tomada da faixa de Gaza pelo Hamas, Abbas afirmou que não permitiria mais que milícias operassem na Cisjordânia, controlada pela ANP. O Hamas afirma que mais de 400 de seus membros foram presos na Cisjordânia desde junho.
Hamas e Fatah, que possuem braços armados e políticos, dividiam o poder no governo de coalizão palestino até junho, mas romperam o acordo após uma onda de violência que deixou mais de cem mortos em Gaza.
Após o Hamas expulsar o Fatah da faixa para a Cisjordânia, Abbas destituiu o grupo islâmico do governo e formou um novo gabinete, apoiado pela maior parte da comunidade internacional --incluindo Israel e Estados Unidos.
O Exército de Israel ofereceu anistia para os guerrilheiros com laços com o Fatah, como parte do esforço internacional para fortalecer o governo de Abbas na Cisjordânia e isolar o Hamas em Gaza.
O oficial palestino que falou à Associated Press afirmou que apenas três membros das brigadas ainda não entregaram suas armas e renunciaram à violência. Outros 25 membros da Jihad Islâmica em Jenin pediram para fazer parte da anistia --contra a vontade dos líderes do grupo.
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Com Associated Press, EFE e France Presse
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