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Após renunciar, premiê japonês vai passar três dias em hospital
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da Efe, em Tóquio
O premiê demissionário do Japão, Shinzo Abe, permanecerá internado por ao menos "três ou quatro dias" por causa de um problema gastrointestinal provocado pelo estresse, disse nesta quinta-feira seu médico, Norifumi Hibi. Após um mês apresentando os sintomas da doença, Abe internou-se hoje em um hospital de Tóquio, um dia depois de anunciar sua renúncia.
Em entrevista coletiva, Hibi afirmou hoje que o premiê perdeu cinco quilos. Por isso recomendou que ele fosse ao hospital.
Abe renunciou ao cargo de chefe do Executivo antes de completar um ano no governo.
David Guttenfelder/AP |
Um dia após renunciar ao cargo, premiê Shinzo Abe é internado em hospital no Japão |
Ele era pressionado por uma crescente falta de apoio, por escândalos de corrupção envolvendo vários ministros e sua falta de liderança.
Nesta manhã, Abe foi ao hospital da universidade Keio, no bairro de Shinjuku, em Tóquio. Os médicos decidiram que ele deveria ficar internado para se submeter a mais exames.
Segundo fontes ligadas ao premiê, citadas pela agência Kyodo, há algum tempo ele sofre de uma doença estomacal. Ele tinha que se alimentar de papinhas e tomar soro.
Durante visita recente à Índia e outros países asiáticos, no fim de agosto, ele pediu que fosse servida apenas comida fácil de digerir, já que nesses países a culinária se caracteriza por muitas especiarias.
Soro
Após voltar de sua viagem asiática, Abe precisou tomar soro intravenoso na residência oficial.
O porta-voz do gabinete de Abe, Kaoru Yosano, disse que um dos motivos da renúncia do premiê foi seu mau estado de saúde. No entanto, ele não explicou qual é a sua doença.
Abe, ao anunciar em entrevista coletiva seu abandono do cargo, exibia semblante sério e visíveis sintomas de cansaço. Ele atribuiu sua saída à falta de confiança do povo japonês e às dificuldades para prorrogar a Lei Antiterrorista, que permite ao Japão prestar apoio logístico aos Estados Unidos no Afeganistão.
Aos 52 anos, Abe era o premiê mais jovem das últimas seis décadas no Japão. Ele chegou ao governo com fama de "falcão" por seu ideário nacionalista e reformista.
Ele permanecerá à frente do governo japonês até que seu partido escolha um substituto, em uma votação interna fixada para 19 de setembro.
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