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16/09/2007 - 22h01

Morales promete dialogar com partidos para "salvar" Constituinte

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da Efe, em la Paz

Todos os partidos políticos da Bolívia estão convocados a participar do diálogo, na próxima quarta-feira (19), com o Governo de Evo Morales. O objetivo é tentar pôr fim aos conflitos que geraram o impasse na Assembléia Constituinte.

O constituinte governista Carlos Romero disse neste domingo à Efe que o encontro, previsto em princípio para segunda-feira (17), foi adiado para quarta-feira para que possam estar em La Paz todas as forças políticas com representação no Parlamento e na Constituinte.

A Assembléia, que em mais de 13 meses não conseguiu redigir sequer uma linha da nova Constituição, suspendeu no último dia 7 as sessões pelo prazo de 30 dias. O motivo foi a falta de garantias para trabalhar em Sucre, sede do fórum, após uma série de protestos violentos da oposição.

As manifestações nas ruas de Sucre começaram em meados de agosto, quando a maioria governista da Constituinte decidiu excluir a proposta da cidade de voltar a abrigar o Governo e o Parlamento, que estão em La Paz desde uma guerra civil em 1899.

O conflito provocou também a renúncia de David Sánchez, o prefeito (governador) de Chuquisaca, cuja capital é Sucre. Ele acabou reassumindo as funções na sexta-feira passada.

Parlamentares do partido Podemos (Poder Democrático e Social, de direita), o maior da oposição, propuseram ao Governo Morales na semana passada a convocação um grande "diálogo nacional" para salvar a Constituinte e facilitar o reatamento de suas sessões.

O senador Óscar Ortiz, do Podemos, disse neste domingo à agência Efe que sua coalizão irá ao diálogo com o Governo "com espírito construtivo'" mas exigiu do partido governista, o MAS (Movimento Ao Socialismo), um compromisso "firme" com o respeito à atual Constituição e às leis vigentes.

Por sua parte, o líder do centrista UN (União Nacional), o constituinte Samuel Doria Medina, disse à Efe que a convocação à reunião da quarta-feira com o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, é um "sinal" de que há interesse em solucionar a paralisação da Assembléia.

Para Doria Medina, o diálogo deve voltar ao seio do fórum e a comissão de Concertação, criada justamente para chegar a consensos em torno dos temas mais conflituosos, deve funcionar.

Entre os assuntos mais urgentes estão a reeleição presidencial ilimitada, o litígio entre Sucre e La Paz para ser a capital efetiva do país, a definição do Estado boliviano e a proposta do MAS de eliminar o Senado.

O prazo inicial de trabalho outorgado à Assembléia Constituinte era de um ano, terminado dia 6 de agosto, mas foi obrigado a ampliar seu mandato até dezembro para evitar um fracasso completo.

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