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Governo iraniano chama ministro francês de amador
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da France Presse, em Teerã
O porta-voz do governo do Irã, Gholam Hossein Elham, acusou nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, de "amadorismo", depois das declarações do chanceler sobre a possibilidade de uma guerra contra o Irã devido a seu programa nuclear.
As declarações de Kouchner se referiam ao programa nuclear desenvolvido pelo Irã. Os EUA acusam o país do Oriente Médio de promover a iniciativa com fins militares, enquanto o Irã nega tais alegações e afirma que o objetivo do programa é parte de seus planos de geração de energia.
"Este assunto não é muito importante porque foi resultado do amadorismo político", afirmou Elham durante uma coletiva.
"Enquanto os políticos não se tornarem profissionais, continuará acontecendo este tipo de comentário", afirmou Elham.
O principal jornal conservador iraniano, Kayhan, publicou um editorial acompanhado de uma foto do ministro retocada, em que ele aparece usando um quipá.
"Kouchner é filho de pai judeu e mãe protestante", afirma o jornal, ao insinuar que uma possível origem judaica tenha motivado os comentários.
Kouchner acusou a imprensa de "manipular" suas declarações sobre a possibilidade de uma operação militar no Irã, para insistir, em seguida, que "não quer a guerra e sim a paz".
"Estão dizendo: Bernard Kouchner quer a guerra, mas isso não é verdade. É uma manipulação. Não quero a guerra, quero a paz", declarou Kouchner à emissora Ecos de Moscou, três dias depois de suas polêmicas declarações sobre a possibilidade de um ataque militar contra o Irã.
O ministro francês desencadeou uma onda de preocupação e críticas ao declarar, no domingo, que o mundo devia se preparar para o pior, ou seja, a guerra com o Irã.
"Como é habitual com os jornalistas, eles pegam uma frase e não se sabe o que foi dito depois", disse o ministro.
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