Premiê japonês pede desculpas por renúncia repentina

O premiê japonês, Shinzo Abe, pediu desculpas nesta segunda-feira pela sua repentina renúncia ao cargo, na primeira declaração desde que foi hospitalizado, em 13 de setembro.

Com a voz frágil e auxiliado por dois médicos, Abe leu um comunicado no qual pediu desculpas aos japoneses por "tê-los perturbado".

Em uma carta dirigida a seus companheiros do partido conservador, o Partido Liberal Democrático (PLD), Abe já tinha pedido, neste domingo, desculpas "aos membros do partido e principalmente a todos os japoneses" por ter deixado um vazio político depois de ter anunciado sua demissão "em um momento tão crucial".

Abe, 53, foi hospitalizado em Tóquio no dia seguinte a sua demissão com problemas gástricos provocados pelo estresse.

Ele deixará oficialmente seu cargo nesta terça-feira, quando for oficializada a nomeação de seu sucessor, Yasuo Fukuda.

O ex-premiê japonês anunciou sua renúncia na quarta-feira (12) passada, após menos de um ano no cargo, devido à falta de confiança do povo japonês em sua gestão.

Abe foi eleito em 26 de setembro de 2006 como premiê em substituição a Junichiro Koizumi.

Desde o primeiro momento, seu mandato foi envolvido em erros, casos de corrupção de ministros e pouca popularidade, atribuída em parte à sua falta de liderança.

Ele é o premiê mais jovem das últimas seis décadas no Japão.

Acompanhe as notícias em seu celular: digite o endereço wap.folha.com.br