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27/09/2007 - 14h14

Presidente do Paquistão entrega papéis para concorrer a eleições

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da Folha Online

O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, realizou seu registro oficial para concorrer nas eleições presidenciais do país que ocorrem em 6 de outubro, enquanto a Suprema Corte julga a legalidade de sua candidatura. O veredito deve ser anunciado nesta sexta-feira.

A candidatura de Musharraf foi entregue nesta quinta-feira pelo primeiro-ministro do Paquistão, Shaukat Aziz, e alguns dos líderes do partido à Comissão Eleitoral.

Mian Khursheed/Reuters
Shaukat Aziz (ao centro) deixa Comissão Eleitoral após registro de candidatura
Shaukat Aziz (ao centro) deixa Comissão Eleitoral após registro de candidatura

"É um dia histórico", disse Aziz em frente à Comissão Eleitoral.

Um colégio eleitoral composto por membros da Assembléia Nacional, Senado e Assembléias das Províncias irá votar para presidente antes que sejam dissolvidas devido a uma eleição geral prevista para o meio de janeiro de 2008.

"Nós o elegeremos enquanto veste uniforme [em relação ao posto de Musharraf como chefe das Forças Armadas]. Está de acordo com a lei e a Constituição", disse Chaudhry Pervez Elahi, um líder do PML e ministro-chefe da Província de Punjab.

Um membro do Partido do Povo do Paquistão, da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, Makhdoom Amin Faheem, foi registrado como candidato para a presidência do país. Musharraf e Bhutto chegaram a conversar sobre uma possível divisão de poder, mas não conseguiram chegar ainda a um acordo.

Justiça

Diversos recursos na Suprema Corte do país alegam que a candidatura de Musharraf é ilegal devido a seu atual papel de líder das Forças Armadas do país e presidente. Musharraf propôs à Corte que deixar seu cargo no Exército se reeleito, mas não antes da eleição.

Se a Justiça bloquear a eleição de Musharraf, analistas afirmam que isto pode provocar um estado de emergência no Paquistão ou a dissolução do Parlamento.

A proposta também é vista com ceticismo, pois em 2004, ele fez uma promessa similar, não cumprida.

Libertação de presos

Desde o último sábado (22), o governou informou que cerca de 200 de líderes e ativistas da oposição, que incluem partidários dos ex-primeiros-ministros Nawaz Sharif e de Bhutto. A oposição diz que o número é muito maior.

O líder da Corte Suprema do Paquistão, Iftikhar Mohammed Chaudhry, ordenou nesta quinta-feira a libertação imediata dos detidos.

Chaudhry também pediu explicações a policiais sobre quem deu ordens para fechar vias na capital nesta quinta-feira para tentar barrar um protesto contra o presidente.

O ministro da Informação, Tariq Aziz, disse que a decisão de Chaudhry será "completamente implementada".

As detenções foram criticadas até mesmo pelos Estados Unidos, aliados do presidente Musharraf, que contam com seu papel para realizar ações contra movimentos radicais islâmicos que estariam instalados na fronteira do Afeganistão com o Paquistão.

Com Associated Press e Reuters

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