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Governo de Evo Morales quer campanha para mudar sede da ONU
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da Efe, em La Paz
O presidente da Bolívia, Evo Morales, quer lançar uma campanha mundial para mudar a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) de Nova York. A cidade hospeda a Assembléia Geral da organização.
Na opinião dele, os Estados Unidos não dão um tratamento igualitário às delegações quando elas viajam para Nova York, informa hoje o jornal boliviano "La Razón".
"Vai ser uma política de nosso governo levar adiante uma campanha mundial para a mudança da sede das Nações Unidas", disse o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, segundo a publicação.
Na semana passada, durante seu discurso na 62ª Assembléia Geral das Nações Unidas, Morales disse que a comunidade internacional deveria cogitar a possibilidade de mudar a sede do organismo, depois do que qualificou como insultos feitos pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
"Chegamos aqui e somos ameaçados pelo dono da casa", afirmou Morales, dizendo que sua delegação enfrentou muitos problemas para obter vistos de entrada nos Estados Unidos.
Segundo Quintana, que viajou para os EUA com Morales, o país dá um tratamento "arrogante, intolerável, degradante e humilhante" a algumas delegações.
"As Nações Unidas precisam ser transferidas para um país onde se possa dar a todos os países do mundo o mesmo status de cidadão e não o que os Estados Unidos fazem com tanta prepotência", afirmou o ministro.
Segundo Quintana, a proposta de Morales de mudar a sede do organismo internacional conta com o apoio de vários países da África. No entanto, ele não especificou quais, nem explicou como ou quando a campanha começará.
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