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27/09/2007 - 17h49

Presidente do Irã afirma "se sentir em casa" na Bolívia

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da Folha Online

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, agradeceu a Deus a oportunidade de "estar junto ao meu querido irmão [presidente da Bolívia,] Evo Morales", ao iniciar nesta quinta-feira uma visita de seis horas à Bolívia.

Ahmadinejad e Morales ressaltaram o direito dos países desenvolverem energia nuclear com fins pacíficos. A menção está no oitavo parágrafo da Declaração Conjunta assinada por Morales e Ahmadinejad.

Juan Karita/AP
Mahmoud Ahmadinejad (dir.) disse se sentir em casa durante rápida passagem pela Bolívia
Mahmoud Ahmadinejad (dir.) disse se sentir em casa durante rápida passagem pela Bolívia

Os Estados Unidos acusam o Irã de desenvolver um programa nuclear com fins militares, acusação que Ahmadinejad nega. O iraniano afirma que tal política possui fins energéticos.

Neste semana, o presidente iraniano casou polêmica nos EUA ao negar a existência de homossexuais em seu país na Universidade Columbia e com seu discurso na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas.

A acadêmica Janet Afary, nascida no Irã, e pesquisadora da Universidade Purdue, afirmou, em entrevista à Folha Online que Ahmadinejad possui ambições de se tornar uma "voz do terceiro mundo".

A declaração de hoje destaca também três memorandos sobre hidrocarbonetos, minérios, indústria, agricultura, construção civil e cultura.

Seu anfitrião qualificou a visita como "um encontro histórico de duas nações e dois povos", que marcará "o início de uma etapa de cooperação e respeito mútuo".

O presidente iraniano destacou que o início das relações diplomáticas "entre dois governos e dois países amigos" será traduzido em um processo "de mútuo benefício e respeito", após declarar se sentir "como em minha casa, entre meus amigos e compatriotas".

O presidente iraniano chegou às 11h45, após ter passado por Santa Cruz, onde realizou uma escala técnica. Foi recebido no aeroporto de El Alto por Morales e com honras militares.

Depois de uma breve saudação, os dois governantes foram para à sede do governo, onde esperava-os uma manifestação de partidários ao governo com cartazes de boas-vindas e bandeiras da Bolívia, entre as quais destacavam-se duas venezuelanas.

Efetivos de elite da polícia e do exército montaram um estrito sistema de segurança nas imediações dos aeroportos de Santa Cruz e El Alto.

O encontro entre Ahmadinejad e Morales foi precedido por uma forte polêmica entre o governo e os partidos de oposição, que expressaram o temor de uma exploração conjunta do urânio do país com o Irã.

Com Ansa e France Presse

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Comentários dos leitores
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
Seria até possível forçar o Irã às inspeções caso Israel também se submeta a inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em todas as suas instalações de Dimona e militares. Assim o mundo ficaria mais tranquilo ao saber que não estão escondendo armas de destruição em massa, do mesmo modo que o Irã. Obviamente a comissão da AIEA tem que ser formada por representantes de todas as partes, não apenas os escolhidos a dedo pelos U-S-A. A paz exige sacrifício e determinação. sem opinião
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eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
Não acredito que por em risco sua própria gente será barreira para os "adoradores do caos". A Espanha acena que esta fora dos conflitos pesados, a China só vai obeservar, outros países também terão lucidez e cairão fora. Sobrará a batata quente para aqueles que a "fornaram", e terão que arcar com seus atos, pois o que enfrentarão já derrotou outros impérios no passado. O Irã não é qualquer um não. Quem viver verá. 3 opiniões
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J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
O assassinato do físico nuclear iraniano Masud Ali Mohammadi, engajado ao movimento nacionalista iraniano, obviamente foi obra da Cia e Mossad, pelas caracteristicas, embora neguem até o fim como sempre fazem. Com esse ataque terrorista agora deverá ocorrer uma espécie de "caça às bruxas" na Universidade de Teerã, e talvez esse seja, além de
assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
Agora só resta uma saída: tentar minar e derrubar o atual governo iraniano através de ações de terrorismo e sabotagem, o que parece ser algo impossível e só serviria para massacrar ainda mais a oposição. O lider religioso Khamenei fala abertamente que "Todas as partes com tendências diferentes devem se distanciar claramente dos inimigos, em particular as elites influentes, que devem também se abster de fazer comentários ambíguos", o que não deixa de ser o início do combate à influência dos U-S-A sobre a classe média iraniana, e uma nova revolução está em curso para solidificar a atual.
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