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02/10/2007 - 12h31

Paquistão pode anistiar ex-primeira-ministra acusada de corrupção

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da Folha Online

Um conselho presidido pelo primeiro-ministro do Paquistão, Shaukat Aziz, concordou em princípio conceder uma anistia à ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, segundo o ministro dos Transporte, Sheikh Rashid Ahmad. A anistia é uma das condições que a líder política paquistanesa colocou para uma possível aliança com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, que irá concorrer mais uma vez ao cargo.

Bhutto é acusada de corrupção no país e vive no exterior há cerca de oito anos. A ex-premiê planeja voltar ao Paquistão em 18 de outubro.

Bertrand Langlois/AFP
Ex-premiê Benazir Bhutto pode se livrar de acusações de corrupção
Ex-premiê Benazir Bhutto pode se livrar de acusações de corrupção

A possível anistia ocorre em um momento que os partidários de Bhutto pressionam para se unir a outros grupos de oposição e se retirar do Parlamento nesta terça-feira, a quatro dias da eleição presidencial.

Musharraf, além de presidente, também é chefe das Forças Armadas do país, algo que opositores consideram ilegal. O presidente prometeu que, se pudesse concorrer à eleições e as ganhasse, desistiria de seu cargo como líder dos militares.

A Suprema Corte do Paquistão autorizou a candidatura na última sexta-feira (28) e a Comissão Eleitoral a aceitou no último sábado (29). Protestos de manifestantes e advogados ocorreram em seguida por todo Paquistão.

Musharraf apontou que seu substituto no Exército, caso ganhe as eleições, será o general Ashfaq Kayani, que se tornará vice-chefe do Exército na próxima segunda-feira (8), segundo comunicado do Exército.

Enquanto isso, com o objetivo de boicotar a reeleição de Musharraf, 85 parlamentares de oposição se retiraram do Parlamento.

Os aliados de Musharraf afirmam que possuem votos suficientes para ganhar as eleições e o governo afirma que a renúncia dos opositores não afetará o pleito.

"Nós temos de fazer uma eleição presidencial para cumprir com um requisito constitucional e nós faremos isto", disse o ministro da Informação, Mohammed Ali Durrani.

Maulana Fazal ur Rahman, líder da oposição no Parlamento, disse que Musharraf pode ganhar, mas não terá legitimidade.

Chaudhry Ameer Hussain, porta-voz da Assembléia Nacional (Câmara dos Deputados) se recusou a dizer quando aceitaria as renúncias.

Musharraf, que chegou ao poder com um golpe militar em 1999 e depois foi eleito, enfrenta uma crescente oposição desde março, quando entrou em confronto com o chefe da Justiça no país.

Com agência Reuters e Associated Press

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