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EUA reforçam segurança de delegações de diplomatas no Iraque
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da Folha Online
da Efe, em Washington
O Departamento de Estado dos Estados Unidos introduziu novas medidas de segurança para delegações de diplomatas americanos no Iraque, que incluem o envio ao país de agentes de segurança para acompanhar as delegações protegidas pela Blackwater, uma das três companhias privadas se segurança contratadas pelo órgão para proteger funcionários no país do Oriente Médio.
O anúncio foi realizado em meio à polêmica que se seguiu sobre um tiroteio protagonizado por funcionários da Blackwater, que teria matado 11 civis na praça Nisour, em Bagdá, no dia 16 de setembro. O número de mortos diverge, a Efe aponta nove mortos, enquanto o jornal americano "The New York Times" relatou que até 17 pessoas morreram no local.
Entre as medidas, que são obrigatórias, segundo a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, também figuram a instalação de câmeras de vídeo nas delegações e a gravação da comunicação entre estas e a Embaixada americana em Bagdá.
"A idéia é que se houver um incidente ele será gravado", disse McCormack, porta-voz do Departamento de Estado, que afirmou que também aumentará a comunicação entre as caravanas que tiverem segurança particular e os militares de turno na região.
As recomendações foram feitas após Rice receber um relatório especial elaborado por um grupo enviado a Bagdá pelo responsável da política externa americana para que investigasse o tiroteio ocorrido no dia 16 de setembro.
O grupo, liderado por Patrick Kennedy, funcionário do Departamento de Estado, visitou o Iraque nos últimos sábado (29) e domingo (30), segundo McCormack. As novas medidas devem ser anunciadas após análise de toda a informação fornecida pelos enviados especiais.
Os agentes especiais acompanharão a Blackwater quando a empresa de segurança transferir pessoal da diplomacia americana fora da zona internacional fortificada de Bagdá.
"Já há agentes a caminho de Bagdá e enviaremos mais", disse McCormack, que não quis precisar o número exato de oficiais que participam desta ação.
A análise elaborada pelo Departamento de Estado não especifica se a culpabilidade dos fatos ocorridos em setembro recai sobre a empresa de segurança ou o pessoal do Departamento de Estado que trabalhava estreitamente com a Blackwater no Iraque.
As medidas anunciadas hoje pelo governo são um sinal de que o Departamento de Estado está preocupado com o incidente ocorrido no país árabe.
Ontem, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou uma lei que permitirá o julgamento nos tribunais do país dos seguranças particulares que trabalham no Iraque e que se viram envolvidos em incidentes que resultaram na morte de civis.
O Departamento de Estado é uma das agências que mais usaram seguranças particulares no Iraque.
A Blackwater, com milhares de empregados civis, presta serviços no Iraque que vão desde a proteção armada de funcionários e empresários a serviços de lavanderia, alojamento de tropas, transporte e manutenção de equipamentos e armamento.
Com Associated Press
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