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09/10/2007 - 23h16

Companhia de segurança assume ação que matou mulheres em Bagdá

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da Folha Online

A companhia de segurança Unity Resources Group assumiu que funcionários da empresa no Iraque estiveram envolvidos em um tiroteio que matou duas mulheres cristãs nesta terça-feira. O Ministério do Interior do Iraque também atribuiu o ataque a funcionários da companhia de segurança.

As companhias de segurança privada são tema de uma forte polêmica no Iraque desde que a empresa Blackwater esteve envolvida em um tiroteio que matou 17 pessoas, segundo governo iraquiano, no dia 16 de setembro.

As mulheres foram identificadas como Marou Awanis, nascida em 1959, e como Geneva Jalal, nascida em 1977.

O ataque ocorreu no bairro de Karrada, segundo a polícia, e os funcionários da companhia de segurança atiraram no veículo e seguiram seu caminho, sem socorrer as vítimas.

"A primeira informação que temos é de que nossa equipe foi abordada por um veículo em alta velocidade que não parou, apesar de várias advertências, que incluíram indicações manuais", informa um comunicado da companhia, cuja sede é em Dubai, mas que possui escritórios no Iraque, Austrália e em outros países.

Um policial, que deu seu depoimento na condição de que seu nome não fosse revelado pela Associated Press, disse que as mulheres não devem ter parado por medo. Os funcionários de segurança estavam mascarados e vestiam uniformes caquis, segundo o oficial.

"Elas são pessoas inocentes mortas por pessoas que não têm coração ou consciência. O povo iraquiano não tem valor para eles", disse um padre cristão no posto policial à Associated Press. O religioso afirmou que Awanis possui três filhas. "Como eles irão criar as meninas? Elas estão sem mãe", disse o homem.

Anahet Bougous, cunhada de Awanis, disse que a mulher usava o carro para transportar empregados do governo para o trabalho e que a atividade ajudava a família a arrecadar algum dinheiro.

"Deixe Deus se vingar destes assassinos", disse Bougous, na estação policial.

Brasileiro

Em 2005, um brasileiro que trabalhava para a Unity Resources Group no Iraque foi ferido quando um carro-bomba explodiu perto do comboio em que estava.

O ex-policial Luiz Augusto Branco trabalhava desde 2003 no país do Oriente Médio para a companhia. Branco quebrou as duas pernas, um braço e uma mão e sofreu queimaduras de segundo grau em 20% do corpo.

Com Efe e Associated Press

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