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Cristina Kirchner tem campanha marcada por viagens e breves declarações
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da Efe, em Buenos Aires
Cristina Fernández de Kirchner parece estar a um passo de se tornar a primeira mulher eleita por voto popular para presidir a Argentina, depois de uma campanha marcada por viagens ao exterior e breves declarações à imprensa.
Segundo as últimas pesquisas, Cristina, primeira-dama, senadora e candidata da Frente para a Vitória, é apontada como a grande favorita no primeiro turno das presidenciais argentinas, neste domingo.
A governista será eleita presidente, sem necessidade da realização de um segundo turno, de acordo com oito institutos de pesquisa que divulgaram resultados nesta sexta-feira. Uma nona pesquisa, no entanto, indica que haverá segundo turno entre Cristina e Elisa Carrió, da Coalizão Cívica.
As oito pesquisas que prevêem a vitória de Cristina no primeiro turno dão à primeira-dama entre 41,7% e 49,4% das intenções de voto. Para evitar um segundo turno, o candidato mais votado deverá obter pelo menos 45% dos votos, ou 40% e dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.
Com uma campanha marcada por poucas e breves declarações à imprensa, Cristina disse à Agência Efe em Madri, pouco depois do lançamento de sua candidatura, que enfrenta com "respeito e humildade" a campanha eleitoral e advertiu que não vê as enquetes como "um certificado definitivo".
O experiente jornalista argentino Jorge Lanata disse à Efe em Bogotá que a candidata economiza palavras porque seus assessores não a deixam falar. Sendo uma pessoa "temperamental, quando fala, acaba criando problemas", avaliou.
Na última quarta-feira, a senadora falou com duas rádios sobre campanha e projetos. Ao longo das entrevistas, discutiu mais temas econômicos que políticos, elogiou a gestão de seu marido, o presidente Néstor Kirchner, e disse que se eleita tentará "aprofundar e articular um modelo de crescimento sustentável".
Também se definiu como "uma amante do rigor", garantiu que não prometeu "o paraíso a ninguém" e chamou de "sensíveis" os jornalistas que criticam o Governo pela relação distante com a imprensa.
"Talvez estejamos todos um pouco sensíveis", reconheceu, depois de negar terminantemente em um programa de TV do canal 'Todo Noticias' que ela e seu marido queiram 'brigar' ou tenham 'broncas' com os meios de comunicação.
A oposição e seus detratores acusam também Cristina de tirar vantagem de atos públicos para fazer proselitismo e de esbanjar os recursos do Estado em viagens internacionais para 'consolidar' sua candidatura, o que motivou até a formalização de uma denúncia à Justiça.
Cristina visitou recentemente, além do Brasil, França, Alemanha, Áustria, México, Estados Unidos e Espanha.
Aos que criticam a primeira-dama pelos hotéis luxuosos em que costuma se hospedar, e também por sua paixão pelas compras, seus assessores respondem que Néstor Kirchner sempre foi reprovado por não viajar ao exterior com maior freqüência, e que agora estão colocando em xeque sua esposa justamente pelo contrário.
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