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Mais de 27 milhões de argentinos elegem presidente neste domingo
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da Efe, em Buenos Aires
Mais 27 milhões de eleitores argentinos devem eleger um novo presidente para o país neste domingo, além de renovar o Parlamento e escolher governadores de oito Províncias.
Além de presidente e vice-presidente, os argentinos elegerão 130 deputados nacionais (mais da metade do total) e 24 senadores (um terço dos integrantes da Câmara Alta), além de 218 deputados para nove Províncias e 63 senadores em oito destas.
Algumas províncias argentinas têm Legislativo bicameral, a exemplo do que ocorre em nível nacional.
Os cidadãos votarão em quase 74 mil urnas distribuídas nos 24 distritos eleitorais do país.
Esta é a sexta vez consecutiva que a Argentina escolhe seu presidente desde o retorno à democracia, em 1983, depois do último período de ditadura militar iniciada em 1976.
Este é o período mais extenso em regime democrático registrado no país desde a adoção do voto obrigatório, secreto e universal, em 1912.
Também é a primeira vez em que três mulheres disputam a Presidência e que duas delas, a governista Cristina Fernández de Kirchner e a dirigente de centro-esquerda Elisa Carrió, têm chances reais de ser presidente.
As pesquisas dão como favorita por uma ampla vantagem a primeira-dama e senadora Fernández, seguida por Carrió, enquanto a candidata de esquerda Vilma Ripoll aparece na sétima colocação.
Os argentinos poderão escolher entre 14 candidatos à Presidência. Segundo a legislação local, o vencedor(a) terá que obter 45% dos votos, ou 40% mais 10% de diferença sobre o segundo colocado, para assumir o cargo em 10 de dezembro.
Movimentos
A fragmentação do justicialismo (peronismo) e do radicalismo, as duas linhas políticas mais tradicionais da Argentina, fez com que nesta eleição nenhum dos candidatos pertença exclusivamente a algum destes históricos movimentos.
Na verdade, as alianças com mais intenções de voto foram formadas por candidatos procedentes do justicialismo, do radicalismo e do socialismo, que muitas vezes intensificaram seus próprios conflitos por meio de críticas feitas entre si.
De qualquer maneira, os postulantes deixarão de lado neste sábado as polêmicas para cumprir a lei eleitoral que entrou em vigor na sexta-feira, proibindo a divulgação de pesquisas e atos públicos em apoio a partidos políticos.
Segundo comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, mais de 45 mil cidadãos do país residentes no exterior estão habilitados a votar em 113 embaixadas e consulados.
A província de Buenos Aires tem um papel-chave nestas eleições, já que é o distrito eleitoral mais importante do país, com 38,1% de todos os votos argentinos.
Prova disso é que, para encerrar sua campanha, Cristina Fernández escolheu o município (subdivisão da província de Buenos Aires) de La Matanza, cujo eleitorado supera o de várias Províncias.
Desinteresse
Nos últimos dias, os candidatos insistiram em convocar a população para votar, diante do clima morno que marcou a época de campanha e da apatia da população em relação ao pleito.
A Justiça Eleitoral alertou que 92% dos convocados para trabalhar nas mesas de votação em Buenos Aires não se apresentaram ou pediram dispensa.
Para resolver esta situação na capital argentina e no resto do país, a Justiça Nacional Eleitoral argentina tentava hoje cobrir os quase 8.000 cargos de autoridades de mesa que ainda precisam ser completados por meio da convocação de funcionários judiciais e de voluntários a fim de evitar atrasos nas aberturas das mesas.
As autoridades dos principais distritos do país determinaram a continuação hoje da entrega dos documentos nacionais de identidade para garantir a maior quantidade possível de eleitores nas urnas neste domingo.
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