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Oposição denuncia fraudes em eleições na Argentina
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da Folha Online
Vários partidos e dirigentes da oposição denunciaram irregularidades e chegaram a falar em fraude nas eleições realizadas neste domingo na Argentina, mas o governo argentino informou que o processo foi exemplar.
As denúncias apresentadas à Justiça eleitoral dizem respeito à falta de cédulas e de listas de candidatos nos centros de votação.
Stringer /REUTERS |
Cristina Fernandez de Kirchner é a favorita para ser futura presidente da Argentina |
Os denunciantes são Coalizão Cívica, UNA (Uma Nação Avançada) e a Frejuli (Frente Justiça, União e Liberdade), que têm como candidatos à Presidência Elisa Carrió, Roberto Lavagna e Alberto Rodríguez Saá, respectivamente.
A favorita é Cristina Fernández de Kirchner, primeira-dama do país e candidata da Frente para a Vitória, a quem as pesquisas de boca-de-urna colocam como ganhadora em primeiro turno.
A legislação argentina prevê que para que um candidato ganhe as eleições em primeiro turno deve obter 45% dos votos ou ter 40% da votação e mais de dez pontos percentuais de diferença sobre o segundo colocado.
"Nós, representantes de diversas forças da oposição, denunciamos um roubo massivo de cédulas da oposição. Colocávamos mais cédulas e dez ou 15 minutos depois já não havia mais", disse Mitre María Eugenia Estenssoro, candidata ao Senado pela Coalizão Cívica na cidade de Buenos Aires, segundo a France Presse.
Falha sistemática
Enrique Marcarian/REUTERS |
Roberto Lavagna é um dos candidatos da oposição |
Alejandro Rodríguez, porta-voz de Lavagna, disse que foi detectada uma falha sistemática quanto às cédulas. Segundo ele, as irregularidades foram registradas em distritos dos subúrbios da cidade de Buenos Aires.
Entre os que denunciaram irregularidades ocorridas na periferia da capital argentina está também o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999). Em comunicado, Menem declarou que houve um "tremendo retrocesso" na democracia argentina com a "concretização de uma notável fraude" nos subúrbios de Buenos Aires, mediante a eliminação de listas de candidatos da oposição nos locais de votação.
O ministro do Interior, Aníbal Fernández, afirmou, no entanto, que o processo eleitoral de hoje foi cristalino e exemplar e que repor as cédulas e listas de candidatos é responsabilidade dos partidos, e não das autoridades.
Em entrevista coletiva no local onde está instalado o centro de processamento de votos, Cristina Kirchner afirmou que a decisão de ampliar em uma hora o horário de votação na capital foi tomada pela juíza eleitoral regional e não pela Direção Nacional Eleitoral, que tem como área de atuação todo o território argentino.
A juíza María Servini de Cubría decidiu estender a votação diante da aglomeração de pessoas nos centros eleitorais quando se aproximava a hora de fechamento das urnas.
A partir das 21h (22h de Brasília) serão divulgados os primeiros resultados oficiais do pleito, segundo Cristina.
Mais de 27 milhões de argentinos estavam aptos a votar hoje para escolher o presidente e o vice-presidente do país, assim como governadores de oito Províncias e renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado.
Na Argentina, como em muitos outros países, os eleitores entram em um compartimento onde escolhem as cédulas com os nomes de seus candidatos, que colocam em um envelope e fecham, para em seguida sair e depositá-lo na urna.
Com Efe e France Presse
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