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06/11/2007 - 02h39

Promotor peruano pede 30 anos de prisão para Fujimori

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da Efe, em Lima

A Promotoria peruana pediu formalmente nesta segunda-feira a condenação a 30 anos de prisão do ex-presidente Alberto Fujimori, pela morte de 25 pessoas nos massacres de Barrios Altos e La Cantuta e pelo seqüestro de um jornalista e um empresário em 1992.

O promotor José Peláez acusou o ex-governante de homicídio qualificado, lesões graves e seqüestro, segundo a agência estatal "Andina".

Peláez solicitou que Fujimori pague uma indenização de 100 milhões de novos sóis (US$ 33 milhões) aos parentes dos 15 mortos em Barrios Altos, em 1991, e dos nove estudantes e um professor da universidade La Cantuta assassinados em 1992. Além disso, exigiu uma indenização de 300 mil novos sóis (100 mil dólares) a ser paga ao jornalista Gustavo Gorriti e ao empresário Samuel Dyer, seqüestrados nos porões do Serviço de Inteligência do Exército em 1992.

A acusação foi enviada à Segunda Sala Penal Especial da Corte Suprema. O tribunal julgará Fujimori por crimes contra a humanidade, a partir do dia 26.

A Justiça peruana atribui ao ex-presidente a "autoria mediata" da execução extrajudicial de 25 pessoas em Barrios Altos e La Cantuta, os casos mais emblemáticos do processo. O grupo militar Colina, que teria sido criado pelo ex-assessor presidencial Vladimiro Montesinos para lutar contra o terrorismo, com a suposta aprovação de Fujimori, foi o autor material dos massacres.

A defesa alega que as provas se baseiam em versões indiretas ou "de ouvido". No entanto, o procurador-geral do Estado, Carlos Briceño, se mostrou confiante, em outubro passado, em obter "uma sentença condenatória" contra Fujimori. Ele lembrou que na Alemanha "há antecedentes de autoria mediata com condenação pelo julgamento de Nuremberg", após a Segunda Guerra Mundial.

 

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