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07/11/2007 - 19h01

Popularidade de Bush é a pior da história recente dos EUA

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TERESA BOUZA
da Efe, em Washington

Metade dos cidadãos dos Estados Unidos diz sentir uma "forte rejeição" em relação à gestão do atual presidente americano, George W. Bush, índice que supera inclusive o enfrentado pelo ex-presidente Richard Nixon durante os piores momentos do escândalo Watergate.

É o que revela a última pesquisa do instituto Gallup, a qual indica que os níveis de "forte desaprovação" do mandato de Bush são os mais altos registrados na história recente americana, superando os 48% de rejeição a Nixon em 1974, o ano de sua renúncia.

O estudo mostra que o atual presidente dos EUA conta com o apoio de apenas 31% de seus compatriotas. Os 63% restantes rejeitam sua liderança, sendo que 50% do total o fazem de forma radical.

As más notícias para o atual ocupante da Casa Branca não param por aí. Outra pesquisa publicada na terça-feira pela rede de televisão americana ABC mostra que a recente redução na violência no Iraque não melhorou a percepção popular sobre o conflito.

Iraque

"Os recentes relatórios sobre menos vítimas no Iraque não alteraram a percepção da maioria dos americanos sobre a guerra", sustenta a pesquisa conjunta entre a ABC e o jornal "The Washington Post".

Segundo a consulta, 59% dos cidadãos não acha que os EUA tenham feito um progresso significativo para restaurar a ordem no país árabe, e um número recorde de seis em cada dez americanos quer uma redução na quantidade de tropas.

As autoridades militares americanas informaram que a violência caiu no Iraque em outubro, o que não impediu 2007 de já ser o ano com maior número de mortes entre as tropas americanas em terras iraquianas desde a invasão em março de 2003.

Com 851 baixas, o número de militares mortos no Iraque neste ano supera as 849 mortes registradas em 2004, até ontem o ano mais sangrento para as forças americanas.

Os EUA perderam poucos militares durante a fase inicial da operação, mas a violência posterior fez com que o país chegasse a 3.858 mortos no conflito.

Os responsáveis militares atribuem o aumento de vítimas neste ano à maior quantidade de tropas no Iraque, que aumentou em cerca de 30 mil soldados no início deste ano, totalizando mais de 165 mil militares.

Os comandantes asseguram que, apesar das perdas humanas, a nova estratégia melhorou a segurança no país e criou um "momento tático" que pode estabilizar o Iraque de forma permanente.

Mas a opinião pública americana não parece aceitar argumentos como esses.

Conflito com Congresso

A Guerra do Iraque promete se transformar em uma batata quente para os republicanos com aspirações presidenciais, já que, segundo as últimas pesquisas, 45% dos cidadãos asseguram que o conflito será o primeiro ou segundo fator mais importante na hora de eleger um novo presidente, no ano que vem.

Segundo estes dados pesquisados, a relevância do Iraque supera de longe outros temas igualmente vitais na mente dos americanos para tal escolha, como o desempenho da economia e o sistema de saúde.

De acordo com a pesquisa do "Post", os desacertos de Bush jogam a favor de seus rivais políticos, mostrando que os cidadãos têm mais confiança de que os democratas vão saber lidar com o conflito no Iraque.

A fraqueza de Bush também fica evidente na Câmara de Representantes (câmara de deputados do Congresso dos EUA), que na terça-feira (06) invalidou o veto do presidente americano a um popular projeto que permitiria o começo de centenas de projetos de infra-estrutura hídrica no país.

Se o Senado seguir os passos da câmara baixa, será a primeira vez que o poder legislativo acaba com um veto de Bush, o que pode dar origem ao maior confronto entre o Congresso e a Casa Branca por questões orçamentárias desde que o atual presidente assumiu o poder.

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