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Polícia detém ex-ministro de Exteriores do Khmer Vermelho
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da EFE, em Phnom Penh
A Polícia do Camboja deteve neste domingo (11) Ieng Sary, ex-ministro de Exteriores do Khmer Vermelho, em uma operação que também contou com a participação de representantes da ONU (Organização das Nações Unidas) no tribunal que deve julgar no próximo ano os líderes vivos do grupo maoísta.
Depois de cercar a mansão de Sary, em Phnom Penh, policiais o detiveram e o conduziram à delegacia da capital.
Embora Sary tenha recebido um perdão real em 1996 por liderar uma rendição em massa de guerrilheiros do Khmer Vermelho --que determinou o fim de quase 30 anos de guerra civil--, muitos opinam que ele deve assumir a responsabilidade pelos crimes do grupo extremista.
Em outubro, o tribunal internacional que julgará os antigos dirigentes do Khmer Vermelho por genocídio e outros crimes citou suas três primeiras testemunhas, todas as pessoas que trabalharam ou passaram pelo centro de torturas de Toul Sleng.
A ONU participa da organização e realização desse julgamento em Phnom Penh, que conta com um orçamento de aproximadamente US$ 56 milhões, custeado em sua maior parte pela comunidade internacional.
Um dos últimos acusados é Nuon Chea, o "irmão número dois" e considerado o ideólogo do Khmer Vermelho, um dos poucos dirigentes da organização que ainda estão vivos.
Os historiadores calculam que 1,7 milhão de pessoas morreram nas mãos do Khmer Vermelho, após o golpe de estado de 1975.
Pol Pot, o "irmão número um", morreu em 1998. O último chefe militar da organização, o general Ta Mok, morreu em 2006, quando estava preso.
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