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Funcionários públicos se somam à greve dos transportes na França
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da Folha Online
No sexto dia de greve nos transportes na França, os sindicatos e o governo procuravam uma saída para o conflito, na véspera da já anunciada paralisação dos funcionários públicos, também em protesto pela política do presidente Nicolas Sarkozy.
Em meio a vários movimentos de contestação ao governo, esta semana é considerada decisiva para o chefe de Estado e para a continuação de seu programa de reformas, enquanto sua cota de popularidade começa a desmoronar.
Nesta segunda-feira, apesar de um leve melhora, o tráfego continuava complicado na rede nacional de ferrovias (SNCF), com apenas um TGV [trem rápido] e alguns trens de subúrbio funcionando, e no metrô parisiense (RATP), com somente um ramal, do total de cinco, em atividade.
Por mais um dia, milhões de franceses, cada vez mais impacientes e ansiosos pelo fim da greve, tiveram de se deslocar a pé ou de bicicleta, ou enfrentaram horas de gigantescos engarrafamentos para chegar ao trabalho.
A mobilização do setor ferroviário contra a reforma dos regimes especiais de aposentadoria está em sensível queda, com 26,2% de adesão dos grevistas nesta segunda, contra os 61,5% registrados no primeiro dia do movimento, em 14 de novembro, de acordo com a diretoria da SNCF.
Conscientes da impopularidade da greve, os principais sindicatos cederam e se disseram prontos para participar de um diálogo com o governo, previsto para esta quarta-feira.
Funcionários públicos
As autoridades também recuaram, deixando de exigir o fim da greve antes das negociações e aceitando uma "dinâmica de retomada do trabalho". Ainda assim, o governo se mantém inflexível sobre as reformas, que prevêem uma ampliação do tempo de contribuição de 37,5 para 40 anos, para alinhar os regimes especiais --concedidos a maquinistas e funcionários das estatais de gás e energia, entre outros-- com as demais categorias de assalariados.
Nesta terça-feira (20), o país estará tomado por duas greves simultâneas --a dos transportes e a dos funcionários públicos, que protestam contra as reduções de efetivo (22.900 cargos serão extintos em 2008) e exigem aumento salarial.
Esta última reivindicação vai ao encontro da maior preocupação atual dos franceses, que se refere ao seu poder de compra. Nesse sentido, o movimento dos funcionários públicos conta com o apoio de 53% da população, percentual bem mais alto do que o do setor de transportes, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda.
O governo enfrenta ainda a continuação dos protestos nas universidades, com mais de 30 instituições envolvidas, de um total de 85, e que contaram, nesta segunda, pela primeira vez, com a adesão dos liceus. Magistrados e advogados também fizeram um apelo à greve a partir de 29 de novembro.
Nesta situação de caos, parece ter chegado ao fim a lua-de-mel pós-eleitoral entre o presidente Sarkozy e a opinião pública. Uma sondagem CSA divulgada hoje mostra uma queda de cinco pontos, em um mês, no nível de confiança da população, agora em 51%.
Com France Presse
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