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29/11/2007 - 23h43

Venezuela denuncia cobertura tendenciosa na imprensa dos EUA

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da Efe, em Washington

O embaixador venezuelano em Washington, Bernardo Álvarez, denunciou nesta quinta-feira a "terrível" cobertura de seu país na imprensa americana, e acusou os jornais de publicarem dúzias de editoriais e artigos de opinião negativos só este mês.

Um dos editoriais, publicado dia 15 de novembro pelo jornal "Washington Post", afirmava que a aprovação da reforma constitucional proposta pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, completaria sua transformação num autocrata.

"A Venezuela está a ponto de sucumbir a uma ditadura que isolará e atrasará o país, talvez durante décadas", disse o editorial do "Post", intitulado "O golpe de Chávez".

Álvarez discordou. Para ele, mesmo que no domingo seja aprovada em referendo a reforma proposta por Chávez, que permitiria sua reeleição indefinida, ele ainda teria que ser reeleito nas urnas.

Além disso, lembrou que no Reino Unido o primeiro-ministro pode se reeleger "quantas vezes quiser". E destacou o caso de Franklin D. Roosevelt, que foi eleito presidente dos Estados Unidos quatro vezes consecutivas (1933-1945).

O embaixador acrescentou que diferentes artigos voltaram a especular com um possível confisco da propriedade privada na Venezuela caso seja aprovada a reforma constitucional. Mas isso nunca aconteceu desde que Chávez assumiu o poder, em fevereiro de 1999, observou.

A cobertura negativa, segundo o diplomata, poderia ser fruto de uma mentalidade da Guerra Fria ainda viva. "Às vezes dá a impressão de que pode haver uma campanha para gerar um conjunto de acusações sem sentido", comentou.

A sua única preocupação com o referendo de domingo é de que grupos "muito radicais" provoquem desestabilizações. "O importante é preservar a paz e que as mudanças aconteçam", disse. E ressaltou que o governo de Chávez respeitará a decisão do povo venezuelano se o "não" vencer no referendo.

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