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02/01/2008 - 17h33

Colômbia diz que Farc enganaram Chávez no caso dos reféns

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da Folha Online

O governo de Bogotá anunciou nesta quarta-feira que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) "enganaram" o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao descumprir sua promessa de entregar três reféns.

As Farc anunciaram em 18 de dezembro a libertação de Rojas, ex-assessora da presidenciável Ingrid Betancourt, de seu filho Emmanuel e da ex-parlamentar Consuelo González de Perdomo, como um "ato de desagravo" ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, depois que o governo de Bogotá cancelou sua mediação em favor de uma troca de 45 reféns por cerca de 500 rebeldes presos.

Reuters
Em foto de 26 de dezembro, Chávez explica como seria a missão de busca dos três reféns das Farc, suspensa na segunda-feira
Em foto de 26 de dezembro, Chávez explica como seria a missão de busca dos três reféns das Farc, suspensa na segunda-feira

"Neste caso nós acreditamos que as Farc enganaram, mentiram para o presidente Chávez, e ele de boa fé montou toda esta operação, e claro que todos acreditávamos que seria bem-sucedida", disse à rádio RCN o alto comissário para a paz, Luis Carlos Restrepo.

O funcionário questionou o canal de comunicação entre as Farc e o ex-ministro venezuelano do Interior Ramón Rodríguez Chacín, coordenador geral da operação para receber os três reféns.

"Houve ali um erro de boa fé, talvez porque as Farc deram total confiança ao senhor Rodríguez Chacín de que iriam entregar esta informação, mas isso não foi cumprido", afirmou.

"Por isso nós dizemos que seria bom saber com quem se comunica o senhor Rodríguez Chacín, porque se o faz com um comando médio das Farc, com alguém que mente, as chances de erro são enormes", afirmou o conselheiro presidencial.

As Farc anunciaram na segunda-feira a suspensão por tempo indefinido da operação, alegando intensas ações militares na zona do sul do país, onde seriam entregues os reféns a uma missão integrada por cinco países latino-americanos e dois europeus.

Após este anúncio, o presidente Alvaro Uribe denunciou que as Farc haviam suspendido a operação porque não teriam Emmanuel em seu poder, e que ele estaria sob a custódia de uma entidade oficial.

"Lamentamos as declarações do presidente Chávez dizendo que crê mais nas Farc do que no governo colombiano. Não há ponto de comparação, não podem comparar o governo colombiano com um grupo terrorista como as Farc", respondeu Restrepo.

Com France Presse

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