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FMI alerta que crise política no Quênia já afeta a economia de outros países
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da Folha Online
O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, alertou hoje que a crise no Quênia está criando problemas de abastecimento em países vizinhos e pediu uma solução pacífica ao conflito no território africano.
"Constato com preocupação que os transtornos de abastecimento surgidos pelos acontecimentos no Quênia estão afetando outros países da região", disse o chefe do FMI em comunicado.
Cerca de 40% das exportações do Quênia, onde Nairóbi representa um importante centro financeiro, se dirigem a nações africanas.
A imprensa local informou que algumas rotas de transporte estão bloqueadas por causa dos distúrbios, que começaram no fim de semana passado depois de a oposição ter denunciado possível fraude eleitoral no pleito que reelegeu o atual presidente, Mwai Kibaki.
Kibaki foi reeleito para um novo mandato de cinco anos, após ganhar o pleito geral de 27 de dezembro com uma diferença de mais de um milhão de votos a seu favor, de acordo com os resultados oficiais divulgados.
No entanto, a apuração foi questionada pela oposição e a delegação de observadores da UE (União Européia), que identificaram inúmeras irregularidades durante a jornada eleitoral.
Violência
Strauss-Kahn pediu aos líderes políticos do país africano uma solução "rápida e pacífica" à disputa, que já deixou ao menos 346 mortos [segundo contagem da agência de notícias France Presse baseada em fontes hospitalares e policiais] e 100 mil refugiados.
Nesta quinta-feira, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, pediu ao presidente do Quênia, Mwai Kibaki, em conversa telefônica, para que ponha fim à violência e busque uma saída pacífica ao conflito iniciado no país africano após as eleições.
Kibaki declarou nesta quinta que a chefe da diplomacia americana também conversou por telefone com o Alto Representante para Política Externa e Segurança da União Européia (UE), Javier Solana.
A Procuradoria Geral do Quênia solicitou nesta quinta-feira a revisão da contagem de votos das eleições, em resposta às acusações de fraude na apuração.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o procurador-geral do país, Amos Wako, expressou a intenção de revisar os dados, por conta da "percepção de que os resultados das eleições presidenciais foram manipulados".
Com Efe e France Presse
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