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15/04/2007 - 00h00

Carros-bomba matam 18 no Iraque; 2 helicópteros britânicos caem

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da Folha Online

Duas explosões de carros-bomba atingiram um movimentado mercado em Bagdá em um distrito xiita neste domingo, matando ao menos 18 pessoas, segundo a polícia.

As novas ações ocorrem um dia depois que 65 pessoas morreram em ataques a bomba na capital e em outras regiões do Iraque, e três dias após um atentado suicida contra o Parlamento iraquiano que matou o legislador sunita Mohammed Awad.

Ao norte da capital, dois helicópteros britânicos caíram neste domingo, aparentemente após uma colisão, matando dois militares britânicos.

Khalid Mohammed/AP
Iraquianos observam local de explosão de microônibus que matou três em Karradah
Iraquianos observam local de explosão de microônibus que matou três em Karradah

Também neste domingo, um suicida se explodiu em um microônibus ao noroeste de Bagdá, matando oito pessoas e ferindo outras 11, segundo fontes policiais e médicas.

A explosão ocorreu pouco depois do meio-dia (5h de Brasília) em uma corte judicial da região de Al Utafiyah. Muitas das vítimas sofreram queimaduras graves, segundo fontes do Hospital Khazimiyah. Dois veículos de civis iraquianos ficaram danificados.

O atentado ocorreu em um ponto próximo da ponte Sarafiyah, que liga as regiões leste e oeste de Bagdá e foi parcialmente destruída após um ataque suicida com caminhão-bomba na quinta-feira (12). Dez pessoas morreram e 26 ficaram feridas.

Neste sábado, uma segunda ponte, a Jadriyah (sul), foi atingida por uma explosão que deixou dez mortos. Dezenas de pontes cruzam o rio Tigre em Bagdá, ligando o leste ao oeste da cidade. A maioria dos sunitas vive no oeste da cidade, e grande parte dos xiitas vive no leste.

"Há uma conspiração para isolar as duas metades de Bagdá", afirmou o porta-voz do Parlamento, o sunita Mahmoud Mashhadani, após o ataque à ponte na quinta-feira.

Em outro episódio neste domingo, um microônibus explodiu na região de Karradah, no centro de Bagdá, matando três civis e ferindo outros oito, segundo a polícia.

Helicópteros

Os dois helicópteros britânicos caíram após uma colisão ocorrida 19 quilômetros ao norte de Bagdá, matando dois militares do Reino Unido e ferindo quatro.

"Uma investigação será realizada para determinar as causas do acidente; no entanto, informações iniciais dão conta de que se tratou de uma colisão, e não de fogo inimigo", afirmou o Exército dos EUA em um comunicado divulgado neste domingo.

Posteriormente, o ministro da Defesa britânico, Des Browne, afirmou que os helicópteros e as vítimas eram britânicos, e que aparentemente se tratava de um acidente aéreo.

"Infelizmente, dois de nossos militares morreram, e um está ferido com gravidade. Todos eram britânicos. Meus pensamentos estão com as famílias", afirmou Browne.

As forças britânicas, que ficam sediadas em Basra, ao sul do Iraque, raramente realizam missões ao norte de Bagdá, onde os helicópteros colidiram.

O Ministério britânico da Defesa não quis comentar a missão na qual o grupo estava envolvidos, mas informou que há equipes britânicas unidades operando como parte das forças de coalizão em várias regiões do Iraque.

Parlamento

O ataque da quinta-feira ao Parlamento ocorreu na Zona Verde, área de segurança máxima que abriga representações diplomáticas, como a Embaixada dos EUA. A ação, uma das mais ousadas já cometidas contra a área ultraprotegida, foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico no Iraque, ligado à Al Qaeda.

O atentado é a mais recente indicação de que insurgentes conseguem se infiltrar na fortificada Zona Verde para realizar atentados. Recentemente, o Exército dos EUA informou que dois cinturões com explosivos foram encontrados dentro da área protegida.

No mês passado, um morteiro atingiu a área, matando quatro pessoas. Dias antes, outro morteiro acertou o prédio onde o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, realizava uma coletiva de imprensa. Não houve relato de feridos no incidente.

O mais grave atentado ocorrido dentro da Zona Verde ocorreu em 14 de outubro de 2004, quando insurgentes detonaram explosivos em um mercado e em um café, matando seis pessoas. Foi a primeira vez que houve registro de um ataque dentro da área.

Em 25 de novembro de 2004, um morteiro matou quatro funcionários de uma empresa britânica e feriu outras 12 pessoas dentro da Zona Verde.

Em 29 de janeiro de 2005, insurgentes atacaram a Embaixada dos EUA em Bagdá com um foguete, matando dois cidadãos americanos --um civil e um membro da Marinha.

Com agências internacionais

 

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