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UE condena violência no Tibete, mas não apóia boicote aos Jogos Olímpicos
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da Efe, na Eslovênia
A União Européia aprovou neste sábado, por unanimidade, uma declaração na qual pede o "fim da violência" no Tibete, mas descartou pressionar as autoridades chinesas com um boicote político aos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim.
"A União Européia não tem uma equipe para competir nos Jogos Olímpicos. Devemos separar o respeito aos direitos humanos e eventos deste tipo", declarou, em entrevista coletiva, o presidente rotativo do Conselho de Ministros de Assuntos Exteriores da UE, o esloveno Dimitrij Rupel.
No entanto, o apoio à realização da Olimpíada não é unânime e, enquanto Alemanha, Polônia e República Tcheca anunciaram que seus líderes políticos não assistirão à cerimônia de abertura, a Espanha enviará sua delegação e a França preferiu deixar no ar sua decisão.
Nicolas Sarkozy, que será o presidente rotativo da UE durante o evento esportivo, não descartou sua presença na abertura, embora tenha sido um dos primeiros a pensar em um boicote.
O texto da UE aprovado neste sábado por unanimidade nem sequer menciona a possibilidade de vincular os Jogos Olímpicos à condenação ao governo chinês pela repressão exercida sobre o Tibete.
A União Européia "reitera sua profunda preocupação com os eventos", "condena todo tipo de violência" e "oferece sua solidariedade às vítimas", afirma o comunicado.
Além disso, o documento pede que os detidos sejam tratados conforme as leis internacionais e que as informações sobre o conflito não sejam omitidas.
A UE se alinha com o pedido do líder espiritual e político dos tibetanos, o dalai-lama, pela não violência e por uma "autonomia e não independência" do Tibete.
O bloco também apóia a defesa de um diálogo construtivo dirigido a questões fundamentais como a preservação de língua, cultura, religião e tradições tibetanas.
A declaração assegura que a UE "continuará atenta à situação dos direitos humanos na China".
O governo chinês tenta evitar que a situação no Tibete leve ao boicote aos Jogos Olímpicos e anunciou que as famílias dos 18 mortos na onda de violência em Lhasa, a capital tibetana, receberão uma indenização de 20 mil euros cada.
Além disso, a China aumentou seus esforços nas relações com estrangeiros ao convidar, neste fim de semana, quinze diplomatas e a troika (trio) da União Européia para mostrar as conseqüências dos atos de violência que ocorrem em Lhasa desde o dia 10 de março.
Além desta visita diplomática aos locais tibetanos agora fechados aos estrangeiros, está programada uma outra similar de jornalistas do exterior nos próximos dias.
Esta reação do governo chinês ocorre quando vários líderes europeus anunciaram que não estarão presentes na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim.
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