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17/04/2008 - 16h43

Dois monges tibetanos se entregam um mês após participarem de protestos

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da Efe, em Pequim

Dois monges tibetanos que participaram de protestos na Província chinesa de Gansu, em 18 de março, se entregaram à polícia, anunciaram nesta quinta-feira as autoridades citadas pela agência estatal Xinhua.

Os detidos, Garzang Samdain, 37, e Garzang Samzhou, 28, "junto com outros 200 monges, atacaram delegacias locais, escritórios do governo e escolas", segundo a informação oficial.

Ambos são do mosteiro de Goinba, na comarca de Zhonyin, e, segundo a nota, decidiram participar do protesto "influenciados pelos distúrbios de Lhasa de 14 de março" com gritos a favor da independência do Tibete e do governo no exílio, liderado pelo dalai-lama.

A Xinhua detalha os prejuízos dos protestos, nos quais foram incendiados automóveis e destruídas portas, janelas e aparelhos do interior dos edifícios.

A imprensa oficial também divulgou o recente descobrimento de pistolas, explosivos, balas e receptores via satélite em 11 mosteiros da mesma província de Gansu, onde mora uma grande população de tibetanos, em informações fornecidas pelo governo da China.

Segundo a Xinhua, mais de 2.200 pessoas na Província se entregaram à polícia após participarem de atos violentos, dos quais 1.870 foram libertados, e pelo menos cem monges continuam em centros de detenção.

A China acusa a "quadrilha do dalai-lama" de ter orquestrado os protestos que começaram em março em Lhasa e mais tarde se estenderam a outras áreas tibetanas do país, nas quais, segundo números de Pequim, pelo menos 20 pessoas morreram (em sua maioria chineses no planalto do Tibete).

O dalai-lama, no entanto, nega essa responsabilidade, e afirma que condena o uso da violência e apóia a realização dos Jogos Olímpicos em Pequim.

Já os grupos tibetanos no exílio afirmam que mais de 140 pessoas foram mortas pelas forças de segurança na repressão posterior aos protestos, e exigem pressão contra os Jogos Olímpicos de Pequim.

 

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