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Saiba mais sobre a Autoridade Nacional Palestina
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da Folha Online
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) é uma organização concebida para ser um governo de transição até o estabelecimento do Estado palestino independente.
Criada por meio do Acordo de Oslo (1993-95), firmado entre Israel e a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), com mediação dos EUA, a ANP administra nominalmente partes da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Pelo acordo, a ANP deveria existir até maio de 1999. No final desse período, o status final dos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia, ocupados por Israel desde a Guerra dos Seis Dias (1967), já deveria estar resolvido.
Porém, isso não aconteceu. Embora Israel tenha retirado seus colonos e forças militares da faixa de Gaza e quatro assentamentos da Cisjordânia em 2005, ainda controla os acessos, incluindo marítimo e aéreo, à faixa de Gaza.
15.mar.2007/AP |
Haniyeh e Abbas dividiam o poder no governo de coalizão palestino |
O primeiro presidente da ANP --o líder palestino Yasser Arafat, morto em 2004-- e o atual, Mahmoud Abbas, são do partido Fatah, que esteve à frente da causa palestina por quatro décadas.
Em janeiro de 2006, eleições palestinas deram vitória no parlamento ao grupo islâmico Hamas, organização que é considerada um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Européia (UE), conhecido por diversos ataques suicidas que causaram a morte de muitos civis israelenses. Sua carta de fundação, de 1988, prega a destruição do Estado de Israel.
Assim, o governo palestino divide-se entre o Fatah, do presidente da ANP, Mahmoud Abbas e o Hamas, do primeiro-ministro, Ismail Haniyeh.
Assim que foi eleito, o Hamas passou a sofrer fortes pressões internacionais. Israel, os EUA e a União Européia congelaram a ajuda financeira da qual os palestinos dependiam. As condições para a suspensão do boicote são o reconhecimento do direito de existência do Estado de Israel, aceitação de acordos de paz já firmados pela ANP e a renúncia à violência. O Hamas não aceitou essas exigências.
Enquanto isso, a tensão entre Hamas e Fatah geraram inúmeros confrontos.
A saída negociada entre os dois grupos rivais foi um governo de união nacional, na tentativa de pôr fim à crise interna e ao isolamento internacional. A medida, contudo, não amenizou os conflitos intensos entre israelenses e palestinos que continuam em clima de guerra.
Embora Abbas tenha se encontrado inúmeras vezes com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, nenhum acordo de paz foi firmado pela falta de apoio do parlamento.
Em abril, Abbas reiterou seu desejo de que o conflito palestino-israelense seja resolvido antes do final deste ano. "Pedimos a todas as partes (envolvidas no processo de paz) que empreguem o esforço máximo para alcançar um acordo antes do final do ano. Queremos conseguir uma solução antes do fim de 2008", afirmou à época.
Além disso, pediu ao presidente norte-americano, George W. Bush, "que trabalhe para que (Israel) cesse a construção de assentamentos judaicos, com o objetivo de chegar a um tratado que garanta a recuperação das fronteiras anteriores a 1967."
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