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Suposto idealizador do 11/9 comparece a tribunal militar
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da France Presse
da Efe
O homem acusado de ser o autor intelectual dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos --e quatro de seus supostos colaboradores-- aparecerá em público pela primeira vez nesta quinta-feira, em um tribunal militar na base naval de Guantánamo, em Cuba. Ele não é visto desde sua captura, em 2003, no Paquistão.
Khaled Sheikh Mohammed, considerado o autor intelectual dos ataques que deixaram 2.973 mortos, Ramzi Binalshibh, Ali Abd al Aziz Ali, Wallid bin Attash e Mustapha al Hawsawi podem ser condenados à pena de morte, caso sejam considerados culpados pelo tribunal militar na base americana.
Os cinco detidos enfrentam várias acusações, que incluem conspiração, assassinato, ataque a civis, destruição de propriedade, terrorismo e ajuda material a terroristas.
Eles são todos acusados de serem peças no complô supostamente idealizado por Mohammed e aprovado e financiado por Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, para perpetrar atentados contra os EUA.
Todos os suspeitos foram presos entre 2002 e 2003 e transferidos para a polêmica base em Cuba em 2006, depois de, supostamente, terem passado anos em prisões secretas da CIA (agência de informação americana).
Jornalistas e outras pessoas que acompanharão a audiência, incluindo membros de grupos de defesa dos direitos civis, ficarão em uma área de uma antiga pista de pouso.
O general Thomas Hartmann, assessor legal do tribunal militar, afirmou que a defesa gozou de direitos "extraordinários". No entanto, destacou que mesmo que os acusados sejam absolvidos não serão liberados antes do fim da chamada "guerra contra o terrorismo" de Washington.
Julgamento
Mohammed será julgado em Guantánamo, perante um tribunal militar especial que está envolvido na controvérsia. "Trata-se de um sistema legal inteiramente novo", disse Gary Solis, professor de direito da Universidade de Georgetown e ex-advogado dos Marines. "Acho que as regras não são justas", afirmou.
É permitida, por exemplo, a apresentação de confissões obtidas em interrogatórios sob "métodos melhorados", um eufemismo usado pelo governo do presidente George W. Bush para a tortura. Mohammed foi submetido a asfixias simuladas, como reconheceu a própria CIA.
A administração alega que os tribunais especiais são necessários em tempo de guerra para julgar "o pior do pior", como são qualificados os detidos. No entanto, o corpo militar não está tão convencido, segundo Richard Zabel, um ex-promotor federal.
"Nem sequer há acordo sobre os procedimentos. Há muita divergência, inclusive, dentro das forças militares", disse Zabel.
Quanto aos problemas sobre as normas foram somadas recentemente as acusações de intervenção política. Na semana passada, a defesa acusou o Pentágono de acelerar o processo para influenciar as eleições presidenciais nos EUA, que serão realizadas em novembro deste ano.
Os cinco prisioneiros serão formalmente notificados da natureza das acusações, serão informados sobre seus direitos e terão a oportunidade de fazer uma declaração, disse o general Hartmann.
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