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Rússia acusa diplomata britânico de ser espião
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da Ansa, em Londres
Rússia e Reino Unido enfrentaram-se novamente nesta sexta-feira, depois que Moscou acusou um diplomata britânico de ser espião. Segundo os serviços secretos russos, o suposto espião britânico foi identificado como Chris Bowers, diretor da Câmera de Comércio e Indústria britânica em Moscou.
A agência de notícias russa Interfax havia informado pouco antes, nesta quinta-feira, citando uma fonte anônima dos serviços de inteligência, que algumas das atividades de Bowers suscitavam dúvidas, em particular sua suposta reunião com ativistas dos direitos humanos do norte do Cáucaso.
As acusações foram feitas em meio às crescentes tensões entre Reino Unido e Rússia, iniciadas com o assassinato do ex-espião da KGB Alexander Litvinenko, envenenado em 23 de novembro de 2006 em Londres.
Moscou considera que Bowers é um membro do alto escalão dos serviços secretos britânicos e disse que ele se "disfarçou" trabalhando como jornalista para a BBC no Uzbequistão, na década de 90.
Além disso, o diplomata foi acusado de participar de "encontros suspeitos" com "ativistas" tchetchenos. "Podemos confirmar que um membro da diplomacia britânica é suspeito de espionar aos russos", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Londres.
"É diretor da Câmera de Comércio e Indústria em Moscou. No entanto, não faremos comentários sobre assuntos de inteligência", acrescentou.
As relações diplomáticas entre Reino Unido e Rússia ficaram afetadas severamente depois da morte de Litvinenko, um crítico do ex-presidente russo Vladimir Putin. O ex-espião morreu depois de após ser contaminado com uma alta dose de polônio 210 --substância radioativa.
Andrei Lugovoi, um ex-agente secreto da KGB e atual parlamentar russo, foi acusado pela Promotoria britânica de ter assassinado Litvinenko.
Ainda que em maio de 2007 os promotores tenham acusado formalmente a Lugovoi pelo crime, as tentativas para extraditá-lo ao Reino Unido falharam, pela negativa de Moscou.
Com France Presse
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