Suposto elo entre Brasil e Farc não afeta relações, diz Colômbia

O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez Merizalde, disse nesta quarta-feira que o suposto envolvimento de representantes do governo brasileiro com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) não afetará as relações entre os dois países.

A revista colombiana "Cambio" publicou no fim do mês passado reportagem em que afirma que representantes das Farc mantiveram contato com autoridades do governo e da Justiça brasileiros, e também com deputados do PT.

"Há um tempo levamos ao conhecimento do governo brasileiro essa informação. Corresponde as autoridades de cada país avalia-la e decidir se é o caso de estabelecer eventuais responsabilidades. Não falamos desse tema em particular nessa reunião. É um tema que por nada afetará as relações que existem entre os dois países", disse, após encontro com o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores).

O ministro Amorim negou que os dois países tenham acertado fazer operações em conjunto para combater o avanço das Farc. Ele disse que o Brasil cuida do seu lado da fronteira o que é uma "grande ajuda".

Merizalde lembrou ainda que o governo colombiano manifestou sua preocupação de que o guerrilheiro colombiano Francisco Antônio Cadena Collazos, o Olivério Medina, esteja ainda ligado às Farc. Medina, que já foi chamado de "embaixador das Farc no Brasil" tem status de refugiado político no país.

"Isso é algo que nós vamos examinar com a questão que merece e daremos a resposta ao governo colombiano no momento adequado", disse Amorim.