Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/09/2008 - 05h37

Tempestade Hanna deixa ao menos 14 mortos no Haiti

Publicidade

da Folha Online

Um dia depois de causar chuvas e inundações no Haiti --e deixar ao menos 14 mortos no país--, a tempestade tropical Hanna perdeu força e segue para as Bahamas nesta quarta-feira em uma das piores temporadas de furacões do Atlântico nos últimos anos.

Hanna chegou à região só alguns dias após a passagem do furacão Gustav, que deixou um rastro de destruição pelo Caribe e pela costa americana. No total, o Gustav matou 103 pessoas.

A décima tempestade tropical da temporada, Josephine, já começou a se formar próxima das ilhas de Cabo Verde, no Caribe. Nesta terça-feira o Centro Nacional de Furacões americano (NHC, em inglês) informou que o fenômeno pode se transformar em furacão.

Enquanto isso, a tempestade tropical Ike, que está entre a África e as Pequenas Antilhas, se fortaleceu ligeiramente e apresenta ventos máximos sustentados de 95 km/h. O olho de Ike está a 1.785 quilômetros das ilhas de Sotavento.

Haiti

No Haiti, país mais afetado pela seqüência de tempestades e furacões, Hanna trouxe fortes chuvas que inundaram várias regiões. "A situação é a pior possível", disse Vadre Louis, oficial na ONU (Organização das Nações Unidas) na cidade de Gonaives. "O vento está arrancando árvores. Casas estão alagadas. Carros não podem passar nas ruas. Você não pode resgatar ninguém, onde quer que esteja", afirmou.

Segundo os últimos dados das autoridades locais, Gonaives parece a região mais atingida no norte haitiano, embora informem que diversos pontos do país sofreram os efeitos de Hanna, que poderia retornar à classificação de furacão.

Segundo relatos, faltam comida e água na cidade já que mercados e armazéns estão inundados e a comunicação é difícil pois não há eletricidade e os habitantes não podem recarregar seus telefones.

O secretário de Segurança Pública, Eucher Luc Joseph, afirmou que o presidente do país, René Préval, está "muito preocupado" com a situação e convocou "uma cadeia de solidariedade" para enfrentar a situação criada pelo fenômeno.

Gustav

Enquanto isso, na costa americana, Louisiana continua em estado de emergência por causa de estragos de Gustav, que agora é depressão tropical.

Os diques de Nova Orleans agüentaram a força dos ventos e ressacas, porém o governador Bobby Jindal e o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, afirmaram que o perigo não passou e recomendaram que as pessoas não retornem até esta quinta-feira (4).

Segundo Jindal, a falta de fornecimento de gasolina pode ser um grave problema, porque as refinarias do Estado dispõem de reserva de combustível somente para os próximos três dias. Ele pediu ao Departamento de Energia dos EUA que forneça parte da reserva de petróleo do país. Ainda segundo o governador, os municípios de Terrebonne, Lafourche e St. Mary foram os mais atingidos pela passagem de Gustav, ainda como furacão.

A situação também é complicada para os dois milhões de refugiados que se abrigam em hotéis, albergues, igrejas, e casas de amigos e familiares. A maior parte deles passou a noite sem eletricidade, sem televisão e sem telefones. A troca das poucas informações existentes foi realizada por mensagens de texto.

"Há danos em toda a cidade e a tarefa principal hoje é o socorro aos desabrigados e a avaliação de limpeza e reparo", declarou o prefeito Ray Nagin.

Contudo, diante da tragédia causada pelo furacão Katrina, há três anos, Nagin se mostrou satisfeito com a resposta da cidade e, sobretudo, por Gustav não ter sido "a tempestade do século", como ele mesmo disse no sábado (30) ao decretar retirada obrigatória.

Josephine

A próxima ameaça da temporada é a tempestade Josephine que, segundo o NHC, está a 205 km a sudoeste do extremo sul de Cabo Verde. A tempestade se movimenta em direção a oeste com velocidade de 24 quilômetros por hora e espera-se que continue sua trajetória rumo a noroeste durante os próximos dias.

Josephine tem ventos máximos sustentados de 65 km/h, com rajadas mais fortes, e os analistas prevêem que "pode se transformar em furacão nos próximos dois dias".

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página