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Ike ganha força e volta a ser furacão de categoria 3 no Caribe
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da Folha Online
O furacão Ike voltou a ganhar força nas últimas horas e foi elevado a ciclone de categoria 3, com ventos de 185 km/h, na medida em que se aproxima do arquipélago das Bahamas.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA informou em seu boletim das 15h (Brasília) que Ike voltou a se fortalecer, retornando à categoria 3 na escala Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5, o que o transforma em um perigoso ciclone.
Segundo a trajetória prevista pelo NHC, Ike deve atingir Bahamas, Turcas e Caicos, Haiti, República Dominicana e atingirá Cuba antes de entrar no golfo do México.
Os meteorologistas reiteraram que os residentes das Bahamas, de Cuba e do sul da Flórida devem vigiar muito de perto o desenvolvimento do poderoso furacão.
O olho de Ike se movimenta para oeste a 24 km/h.
Seguindo essa trajetória, o olho do Ike passará esta tarde nas ilhas Turcas e Caicos e ao sudeste das Bahamas hoje à tarde ou domingo. Cuba deve ser atingida pelo ciclone no domingo à tarde ou à noite.
Enquanto isso, a tempestade tropical Hanna, que tocou terra hoje nas praias do limite entre os Estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul, avança rapidamente a 50 km/h com ventos de 85 km/h e atravessará todos os Estados do nordeste antes de chegar ao Canadá, na noite do domingo.
Haiti
Equipes de resgate encontraram quase 500 corpos na cidade costeira de Gonaives, no Haiti, após a passagem de tempestades tropicais e furacões pela região. A ilha caribenha foi atingida nas últimas semanas por pelos menos dois fenômenos --Fay, Gustav e Hanna.
Um navio com 33 toneladas de suprimentos desembarcou nesta sexta-feira no país para ajudar quase 600 mil pessoas desabrigadas pelo mau tempo. Nos últimos dias, a população atingida ficou sobre os telhados das casas esperando o nível da água baixar.
As chuvas provocadas pela passagem de Gustav --que se dirigiu para os Estados Unidos e perdeu força em direção à Louisiana-- e Hanna fizeram com que as águas chegassem a quase três metros de altura.
O presidente René Preval classificou a situação como "catastrófica", e a comparou com as enchentes causadas pela tempestade tropical Jeanne em setembro de 2004, que matou mais de 3.000 haitianos na região de Gonaives.
Segundo o chefe do resgate Ernst Dorfeuille, os corpos só puderam ser encontrados devido à melhoria do clima na região. "O tempo está calmo agora e nós estamos encontrando mais corpos. Encontramos até agora 495 corpos enquanto há 13 pessoas desaparecidas."
"O cheiro de morte é bastante incômodo em Gonaives", disse Dorfeuille, em entrevista à agência Reuters. Para ele, o número de mortos ainda deve subir nos próximos dias. "O número de mortos pode ser ainda muito maior."
Com agências internacionais
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