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12/09/2008 - 10h00

UE condena violência na Bolívia; protestos geram crise diplomática

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da Folha Online

A presidência francesa da União Européia (UE) condenou nesta sexta-feira os atos de violência na Bolívia que já provocaram a morte de ao menos oito pessoas e pediu um "diálogo" entre as partes para evitar que a situação se deteriore ainda mais.

"A União Européia condena os atos de violência que se multiplicam atualmente na Bolívia, em particular nos departamentos de Santa Cruz, Tarija, Pando e Beni", afirmou a presidência francesa em um comunicado divulgado em Bruxelas (Bélgica).

"A União Européia renova seu pedido às partes envolvidas para que comecem o mais rápido possível um diálogo construtivo para evitar que a situação se deteriore ainda mais e conduza à perda de vidas humanas", acrescenta o texto.

Arte/Folha Online
mapa Bolívia correto

O comunicado ainda expressa a "disponibilidade" da União Européia para "co-ajudar no processo de diálogo ao lado de todos que desejem contribuir".

Os choques entre grupos civis opositores e partidários do presidente Evo Morales deixaram ao menos oito mortos e afetaram o envio de gás ao Brasil e Argentina. Cerca de 30 pessoas também ficaram feridas.

Cinco dos nove departamentos (Estados) da Bolívia iniciaram nesta segunda-feira (8) a terceira semana de protestos contra Morales. Estradas foram bloqueadas, escritórios estatais tomados e as fronteiras com Brasil, Argentina e Paraguai foram fechadas. Entenda os protestos contra Morales na Bolívia.

Crise diplomática

Ao crescente clima de tensão interna, Morales somou um forte atrito diplomático com os Estados Unidos. Ele expulsou o embaixador americano em La Paz, Philip Goldberg, sob a acusação de conspirar e promover a divisão na Bolívia.

Os EUA responderam afirmando que a decisão de Morales representou um "grave erro". O porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, disse que o ato "danificou seriamente a relação bilateral".

Um dia depois, o governo americano decidiu expulsar o embaixador da Bolívia em Washington. 'Em resposta à atitude inesperada e, de acordo, com a Convenção de Viena, informamos oficialmente o governo da Bolívia de nossa decisão de declarar o embaixador Gustavo Guzman "personna non grata", anunciou ontem o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Sean McCormack.

Em solidariedade à Bolívia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou ontem a expulsão do embaixador americano em Caracas, Patrick Duddy. "A partir deste momento, o embaixador ianque em Caracas tem 72 horas para sair da Venezuela, em solidariedade à Bolívia", afirmou ontem presidente venezuelano, em um comício para as eleições regionais de novembro, realizado em Puerto Cabello, 120 km a oeste de Caracas.

Com France Presse

 

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