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26/08/2002 - 11h57

Enchentes na Alemanha deixam milhares de empresas arruinadas

da Deutsche Welle, em Berlim

Açougues, padarias, escritórios, restaurantes, pensões ou grandes lojas de departamentos: mais de 10 mil firmas dos mais diferentes setores foram afetadas no leste da Alemanha pelas águas do Elba e seus afluentes, que há duas semanas inundam as regiões que atravessam.

Só em Dresden, o número de empresas afetadas chega a 7.000, de acordo com o jornal "Die Welt", reportando-se a levantamentos feitos pelas Câmaras de Indústria e Comércio da região. Muitos dos empresários encontram-se diante da ruína, milhares de postos de trabalho estão ameaçados.

Um balanço final só será possível depois que os leitos dos rios voltarem ao seu nível normal. O debate acerca do financiamento dos prejuízos tampouco está encerrado. As propostas dos políticos sucedem-se, seguidas de discussões partidárias -marcadas sobretudo pelo clima de campanha eleitoral-, bem como de rebatidas dos setores da economia incluídos nos respectivos planos.

O presidente da Confederação das Indústrias alemãs (BDI), Michael Rogowski, desmente que o empresariado tenha chegado a um acordo com o chanceler federal Gerhard Schröder sobre um aumento do imposto de pessoas jurídicas em 1,5%.

Os bancos, por sua vez, rechaçam a proposta do ministro da Economia, Werner Müller, de conceder um perdão das dívidas a todas as empresas afetadas, segundo o jornal.

Solidariedade
O debate público não significa, porém, que as vítimas da catástrofe -segundo a Cruz Vermelha Alemã (DRK), 4 milhões de pessoas- estejam abandonadas a seu destino. Pelo contrário, a onda de solidariedade no país é sem igual. Além da participação ativa de milhares de soldados, funcionários da defesa civil, corpos de bombeiros e voluntários, as doações atingem somas recordes. Só a DRK arrecadou até agora 75 milhões de euros, quantia nunca atingida em campanhas anteriores.

Grandes empresas, esportistas e partidos políticos colocam grandes somas à disposição. Nas empresas, funcionários realizam coletas.

Águas recuam
Nesse meio tempo, o nível do Elba e seus afluentes baixa continuamente, permitindo à população respirar aliviada. Os diques no norte da Alemanha conseguiram resistir à força das águas, apesar de estarem todos encharcados e "moles como pudins", de acordo com voluntários que trabalharam incansavelmente para reforçá-los amontoando sacos de areia.

A situação já se distendeu a tal ponto, que o governo alemão enviu ontem 600 mil sacos não mais necessitados na Alemanha para Wuhan, na China, cidade agora ameaçada pelas cheias do rio Yangtze.

  Veja galeria de fotos das enchentes


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