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28/09/2008 - 08h28

Irã diz que resolução do Conselho de Segurança é "teatral"

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da Efe, em Teerã
colaboração para a Folha Online

O presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, qualificou a nova resolução do Conselho de Segurança da ONU de uma "desculpa política", sem natureza jurídica, informou a televisão publica iraniana.

Segundo Larijani, "durante as últimas semanas se tinha falado muito com os responsáveis iranianos sobre a fixação de uma nova agenda para as próximas negociações, mas de repente veio à luz este gesto teatral de aprovar a resolução".

Nesta sexta-feira (26), os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) --EUA, Reino Unido, França, China e Rússia-, mais a Alemanha, aprovaram uma nova resolução que confirma as três anteriores que deram espaço à imposição de sanções contra Teerã.

"O comportamento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na semana passada e a mudança maligna de postura (...) em aprovar uma nova resolução contra o Irã demonstrou a todo o mundo que o caso nuclear do Irã é uma mera desculpa política", afirmou Larijani, que era o principal negociador iraniano para assunto nuclear, em discurso perante o Parlamento.

Para o responsável iraniano, este tipo de ação reduz o papel das negociações a "um jogo infantil".

No documento do Conselho, o grupo de países negociadores afirma que o Irã está obrigado a suspender o enriquecimento de urânio, mas não menciona uma quarta rodada de sanções caso Teerã não siga as determinações.

O breve texto apresentado pelas seis potências leva em consideração o último relatório da AIEA, que afirma que Teerã não ofereceu informação suficiente para dissipar as dúvidas sobre a natureza de suas atividades nucleares.

Além disso, a minuta ratifica as quatro resoluções anteriores sobre a matéria e pede à República Islâmica que cumpra, sem atraso, todas as suas obrigações.

A república islâmica afirma que seu programa nuclear tem como objetivo a produção de energia, enquanto as potências ocidentais e Israel acusam o país de buscar a produção de armas nucleares.

Comentários dos leitores
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
Seria até possível forçar o Irã às inspeções caso Israel também se submeta a inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em todas as suas instalações de Dimona e militares. Assim o mundo ficaria mais tranquilo ao saber que não estão escondendo armas de destruição em massa, do mesmo modo que o Irã. Obviamente a comissão da AIEA tem que ser formada por representantes de todas as partes, não apenas os escolhidos a dedo pelos U-S-A. A paz exige sacrifício e determinação. sem opinião
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eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
Não acredito que por em risco sua própria gente será barreira para os "adoradores do caos". A Espanha acena que esta fora dos conflitos pesados, a China só vai obeservar, outros países também terão lucidez e cairão fora. Sobrará a batata quente para aqueles que a "fornaram", e terão que arcar com seus atos, pois o que enfrentarão já derrotou outros impérios no passado. O Irã não é qualquer um não. Quem viver verá. 3 opiniões
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J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
O assassinato do físico nuclear iraniano Masud Ali Mohammadi, engajado ao movimento nacionalista iraniano, obviamente foi obra da Cia e Mossad, pelas caracteristicas, embora neguem até o fim como sempre fazem. Com esse ataque terrorista agora deverá ocorrer uma espécie de "caça às bruxas" na Universidade de Teerã, e talvez esse seja, além de
assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
Agora só resta uma saída: tentar minar e derrubar o atual governo iraniano através de ações de terrorismo e sabotagem, o que parece ser algo impossível e só serviria para massacrar ainda mais a oposição. O lider religioso Khamenei fala abertamente que "Todas as partes com tendências diferentes devem se distanciar claramente dos inimigos, em particular as elites influentes, que devem também se abster de fazer comentários ambíguos", o que não deixa de ser o início do combate à influência dos U-S-A sobre a classe média iraniana, e uma nova revolução está em curso para solidificar a atual.
33 opiniões
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