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01/10/2008 - 22h48

Em meio a violência crescente, Bush diz que Afeganistão fez progressos

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da Folha Online

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse nesta quarta-feira que o Afeganistão está progredindo, apesar do difícil combate contra "assassinos determinados". Bush enfrenta forte pressão pelo envio de mais militares ao Afeganistão, em meio ao ano mais sangrento para as tropas estrangeiras no país desde a invasão americana.

O presidente recebeu um documento do principal responsável pelas tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão, general David McKiernan, que disse precisar de mais tropas e de ajuda imediatamente.

Arte Folha Online

"Houve duros combates", disse Bush. "E honramos nossos militares americanos que se sacrificaram para que o Afeganistão nunca volte a ser um reduto de terroristas que poderiam ferir nossos cidadãos."

O presidente citou melhoras na saúde, educação e transporte no Afeganistão, acrescentando que "assassinos não podem tolerar esse progresso".

McKiernan disse mais cedo nesta quarta que estabilizar o Afeganistão irá requerer mais que militares, que devem ser enviados "o mais rápido possível". O militar afirmou que também é necessário fortalecer o governo afegão, a economia e suas forças militar e policial.

O americano afirmou que são necessárias mais "botas em solo", assim como apoio de "helicópteros, recursos de inteligência, de logística, de transporte, e por aí vai".

Bush disse que os EUA devem ajudar a garantir que o Afeganistão tenha boa governança e infra-estrutura.

Mais tropas

Há uma semana, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse que um batalhão será enviado ao Afeganistão em novembro e uma brigada, em janeiro, mas não haverá outros envios de tropas ao país muito antes do meio de 2009.

Na semana antes do anúncio de Gates, McKiernan havia pedido por mais quatro brigadas --três a mais do que o aprovado para janeiro. Três brigadas representam cerca de 12 mil homens.

Atualmente a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), sob comando da Otan, conta com mais de 52 mil soldados de cerca de 40 países aliados e associados a esta entidade. Destes, 33 mil são americanos.

No Pentágono, McKiernan disse ter sido detectado um forte aumento de insurgentes estrangeiros, principalmente do Paquistão, mas também de Tchetchênia, Uzbequistão Arábia Saudita e inclusive da Europa.

Aumento da violência

O militar disse estar "cautelosamente otimista" sobre a intervenção do Exército paquistanês na fronteira com o Afeganistão, mas afirmou que ainda é cedo para determinar sua efetividade no combate aos insurgentes que se refugiam na região.

O comandante afirmou apoiar a sugestão do chanceler afegão, Abdul Rahim Wardak, de tentar criar uma força conjunta entre Paquistão, Afeganistão e EUA, para fazer a segurança da porosa fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, um dos redutos do grupo radical Taleban.

Autoridades dizem que a violência aumentou cerca de 30% no Afeganistão em comparação ao ano passado. O Taleban e grupos como a rede terrorista Al Qaeda aumentaram o número de ataques nos últimos anos, e durante 2008, morreram mais soldados americanos que em qualquer outro ano desde que os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, em 2001.

"Estamos em uma batalha muito dura", afirmou McKiernan. "A idéia de que possa piorar antes de melhorar é, com certeza, uma possibilidade."

Guerra

O novo comandante militar dos Estados Unidos na região, general David Petraeus, disse em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo "The New York Times" que os talebans estão se tornando mais fortes no Afeganistão e no Paquistão.

Petraeus afirmou que a insurgência taleban chegou a ter tanta estrutura que não podia ser derrotada apenas por meios militares. Ele pediu a criação de um plano para a reconciliação entre governos e setores sociais que enfrentam o poder central. Ele disse que "não se pode matar ou capturar [o suficiente] a ponto de acabar com uma insurgência de dimensões tão grandes como era a do Iraque e do Afeganistão".

Para o general, o novo presidente do Paquistão, Ali Asif Zardari, está comprometido com a luta contra a insurgência.

Com agências internacionais

 

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