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03/10/2008 - 22h04

ONU diz que há 80 civis mortos após combates na capital da Somália

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da Folha Online

Os conflitos intensos da semana passada na capital da Somália, Mogadício, deixaram ao menos 80 civis mortos e mais de cem feridos, indicam as informações divulgadas nesta sexta-feira pelo Escritório de Coordenação de Assistência Humanitária da ONU (Ocha).

Segundo as informações dos dois principais hospitais da capital, pelo menos 110 civis feridos foram internados em três dias, mas se suspeita que o número de feridos é maior, pois não há dados de outros centros e clínicas, declarou a porta-voz da Ocha, Elizabeth Byrs.

Cerca de 15 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e se tornaram deslocados internos, que se juntaram aos 300 mil já concentrados na cidade de Afgooye após abandonarem Mogadício.

No total, segundo a Ocha, 3,2 milhões de pessoas na Somália (43% da população do país) "necessitam diretamente de assistência humanitária" por causa do longo conflito entre os milicianos islâmicos e as forças governamentais ou da União Africana.

A porta-voz afirmou que ainda faltam ser recebidos US$ 231 milhões do apelo feito pela ONU para arrecadar US$ 646 milhões para dar assistência a estas pessoas.

O número de pessoas que necessitam de ajuda humanitária na Somália aumentou 77% durante 2008, declarou.

Conflito

Organizações internacionais de direitos humanos apontam que os conflitos na Somália mataram mais de 838 pessoas desde junho. Desde o começo de uma insurgência contra o governo no ano passado, o total de vítimas é de 9.474.

A crise humanitária no país, que também é afligido pela seca, fome e pelos altos custos dos combustíveis e alimentos, é considerada a pior da África. No mês passado, um relatório da ONU informou que o número de somalis precisando de ajuda humanitária tinha saltado 77% desde janeiro, para mais de 3,2 milhões, ou um terço da população do país.

Segundo a ONU, a região do Chifre da África (onde está a Somália) está sofrendo uma das piores situações de insegurança do mundo desde o começo dos anos 1990, quando a Somália viveu uma anarquia após a derrubada de um ditador.

 

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