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13/10/2002 - 22h52

Chávez desafia oposição e se nega a antecipar eleições

da Folha Online*

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que não irá antecipar as eleições presidenciais como solicitavam os partidos de oposição ao seu governo. Chávez disse que um novo pleito será realizado apenas em 2006, como prevê a constituição do país.

"As próximas eleições serão em dezembro, dezembro de 2006 e essas eleições também vamos ganhar", disse o presidente venezuelano. "Estamos aqui porque ganhamos as eleições".

As declarações do presidente foram feitas após uma marcha que reuniu centenas de milhares de venezuelanos que apóiam o seu governo. A passeata, que começou no início da tarde, terminou no final do dia com um discurso de Chávez desafiando a oposição a convocar uma greve nacional

A chamada "marcha pela paz e a democracia", que comemorou os seis meses do contragolpe de 13 de abril que devolveu a Chávez o poder depois de um golpe que o afastou do palácio presidencial de Miraflores por 47 horas, superou a mobilização da oposição de quinta-feira passada, que percorreu 8 km, do Parque do Leste até a avenida Bolívar.

Cerca de 1 milhão de pessoas participaram na última quinta-feira de um protesto contra Chávez. A manifestação, organizada pela oposição ao governo, foi marcada pela violência. Numa estradas que liga o interior da Venezuela à capital, um homem morreu e outros seis ficaram feridos em confrontos entre partidários e opositores de Chávez.

Europa
Chávez também confirmou hoje que viajará para a Europa nesta segunda-feira. Ele desafiou a oposição a organizar uma parada nacional dizendo que a Venezuela não atenderá ao chamado de seus opositores. Para Chávez, as manifestações de apoio ao seu governo deste domingo mostram que a oposição não tem tanto poder de persuasão.

"Farão uma convocação nacional, muito bem. Que façam de uma vez e vamos ver quem pode mais. Querem parar um país onde o que se quer é trabalhar com honestidade", disse. "Estou seguro de que a grande maioria dos trabalhadores venezuelanos estão dizendo desde já não à paralisação fascista e golpista", disse.

O secretária Geral da Confederação dos Trabalhadores (CTV), Carlos Ortega, ameaçou convocar uma paralisação nacional para o dia 21 de outubro caso Chávez não renuncie ao cargo até o dia 16 e convoque novas eleições.

*Com agências internacionais.

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