Supostos integrantes do ETA presos na França são levados a Paris

Os dois supostos integrantes do grupo separatista basco ETA presos na madrugada desta segunda-feira (17) no sudoeste da França foram enviados nesta terça-feira a Paris, de avião. Não está claro se as forças de segurança francesas irão deixá-los com autoridades judiciárias daquele país ou se continuarão investigando o caso.

Mikel Garikoitz Aspaizu Rubina, o Txeroki, 35, e Leire López Zurutuza foram surpreendidos pelos policiais enquanto dormiam em um apartamento alugado, na cidade de Cauterets, perto da fronteira da França com a Espanha. Os dois foram localizados graças à placa do carro que utilizam --a chapa tem duas letras, enquanto outras chapas registradas em Paris têm, há alguns anos, três letras.

Reuters

Txeroki, acusado de ter matado guardas espanhóis na França

Presos, eles foram levados da delegacia ao aeroporto de Bayonne, de onde partiram rumo a Paris em um avião oficial escoltado.

Os dois foram presos por ordem da juíza Laurence Le Vert, que é especializada em casos envolvendo o grupo basco na França. Ela também é a juíza de um ataque do qual Txeroki é acusado --o assassinato de dois guardas civis espanhóis em Capbreton, também na França, no último diz 1º de dezembro de 2007.

Os guardas Raúl Centeno, 24, e Fernando Trapero, 23, foram mortos a tiros na saída de uma cafeteria. Naquele mesmo mês, o ETA reivindicou a autoria dos homicídios.

Txeroki estava à frente do ETA desde 2003 e era contrário ao diálogo estabelecido entre a organização e o governo espanhol; e à entrega das armas por parte do grupo, ocorrida em março de 2006. O ETA é acusado pela morte de mais de 820 pessoas durante os 40 anos de campanha por uma nação basca independente.