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22/11/2008 - 00h59

Partido Socialista francês adia resultado da escolha de sua nova líder

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da Efe, em Paris

A extrema tensão entre partidários das candidatas Ségolène Royal e Martine Aubry impediu que o Partido Socialista (PS) da França anunciasse quem será sua nova secretária-geral.

Em uma decisão inesperada, a direção do PS comunicou mais de quatro horas depois do encerramento da votação de segundo turno que "não podia anunciar" o resultado da apuração.

Os responsáveis do partido reconheceram que o resultado do pleito estava "extremamente apertado", e pediram publicamente que os partidários de Aubry e Royal se abstivessem de fazer "declarações intempestivas".

Reuters/AP
Ségolène Royal x Martine Aubry
Ségolène Royal (esq.) e Martine Aubry (dir.) disputam liderança do Partido Socialista

A direção da legenda teve de intervir depois que os dois lados começaram a trocar acusações e a anunciar que tinham conquistado a vitória.

Os militantes socialistas que apóiam a ex-ministra Aubry tinham assegurado que sua candidata venceu com cerca de 50,5% dos votos, mas os partidários de Royal afirmaram que não reconheciam esse triunfo.

"Não deixaremos que nos roubem a eleição", chegou a dizer Manuel Valls, próximo a Royal, que, apesar de afirmar que não faria declarações públicas durante a noite eleitoral, também se envolveu na polêmica.

"Não vou deixar que façam isto comigo", afirmou Royal, que qualificou como uma "infração" o anúncio dos partidários de Aubry de que ela tinha sido a vencedora.

Valls insistiu em que a vitória da ex-candidata à Presidência da República em 2007 era clara, e que a falta de um anúncio oficial só poderia ser explicada porque ainda faltavam os votos dos militantes das Antilhas.

Mas a direção do PS, através do ex-ministro e secretário nacional da legenda, Daniel Vaillant, assegurou que "este não é momento de divulgar resultados", em razão das reações de partidários das duas candidatas.

Vaillant informou que a decisão foi tomada pelo ainda secretário-geral do partido, François Hollande, ex-marido de Royal.

"Os resultados estão muito próximos, extremamente apertados", acrescentou Vaillant, que pediu tempo para declarar quem será a nova secretária-geral do PS, a maior legenda de oposição do país.

Os partidários de Aubry já tinham festejado em Lille, onde ela é prefeita, a vitória de sua candidata, e asseguraram que o triunfo tinha sido conquistado graças aos votos que no primeiro turno foram para o terceiro candidato na disputa, Benoît Hamon.

A votação aconteceu entre as 17h locais (14h de Brasília) e as 22h locais (19h de Brasília) desta sexta-feira (21). Quase 233 mil membros do PS foram convocados às urnas.

Para os socialistas franceses, a eleição do novo líder surge como um desafio na luta para recuperar o poder, depois da derrota de Royal nas urnas para o atual presidente francês, Nicolas Sarkozy.

No primeiro turno, realizado na quinta-feira, Royal ficou com 42,9% dos votos dos membros do PS, enquanto Aubry alcançou 34,5%, segundo a apuração oficial.

 

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