Publicidade
Publicidade
Partido Socialista francês adia resultado da escolha de sua nova líder
Publicidade
da Efe, em Paris
A extrema tensão entre partidários das candidatas Ségolène Royal e Martine Aubry impediu que o Partido Socialista (PS) da França anunciasse quem será sua nova secretária-geral.
Em uma decisão inesperada, a direção do PS comunicou mais de quatro horas depois do encerramento da votação de segundo turno que "não podia anunciar" o resultado da apuração.
Os responsáveis do partido reconheceram que o resultado do pleito estava "extremamente apertado", e pediram publicamente que os partidários de Aubry e Royal se abstivessem de fazer "declarações intempestivas".
Reuters/AP |
Ségolène Royal (esq.) e Martine Aubry (dir.) disputam liderança do Partido Socialista |
A direção da legenda teve de intervir depois que os dois lados começaram a trocar acusações e a anunciar que tinham conquistado a vitória.
Os militantes socialistas que apóiam a ex-ministra Aubry tinham assegurado que sua candidata venceu com cerca de 50,5% dos votos, mas os partidários de Royal afirmaram que não reconheciam esse triunfo.
"Não deixaremos que nos roubem a eleição", chegou a dizer Manuel Valls, próximo a Royal, que, apesar de afirmar que não faria declarações públicas durante a noite eleitoral, também se envolveu na polêmica.
"Não vou deixar que façam isto comigo", afirmou Royal, que qualificou como uma "infração" o anúncio dos partidários de Aubry de que ela tinha sido a vencedora.
Valls insistiu em que a vitória da ex-candidata à Presidência da República em 2007 era clara, e que a falta de um anúncio oficial só poderia ser explicada porque ainda faltavam os votos dos militantes das Antilhas.
Mas a direção do PS, através do ex-ministro e secretário nacional da legenda, Daniel Vaillant, assegurou que "este não é momento de divulgar resultados", em razão das reações de partidários das duas candidatas.
Vaillant informou que a decisão foi tomada pelo ainda secretário-geral do partido, François Hollande, ex-marido de Royal.
"Os resultados estão muito próximos, extremamente apertados", acrescentou Vaillant, que pediu tempo para declarar quem será a nova secretária-geral do PS, a maior legenda de oposição do país.
Os partidários de Aubry já tinham festejado em Lille, onde ela é prefeita, a vitória de sua candidata, e asseguraram que o triunfo tinha sido conquistado graças aos votos que no primeiro turno foram para o terceiro candidato na disputa, Benoît Hamon.
A votação aconteceu entre as 17h locais (14h de Brasília) e as 22h locais (19h de Brasília) desta sexta-feira (21). Quase 233 mil membros do PS foram convocados às urnas.
Para os socialistas franceses, a eleição do novo líder surge como um desafio na luta para recuperar o poder, depois da derrota de Royal nas urnas para o atual presidente francês, Nicolas Sarkozy.
No primeiro turno, realizado na quinta-feira, Royal ficou com 42,9% dos votos dos membros do PS, enquanto Aubry alcançou 34,5%, segundo a apuração oficial.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice