Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/12/2008 - 21h16

Escândalo levou Obama a prestar depoimento antes mesmo de tomar posse

Publicidade

da Folha Online

Nas três últimas décadas, todo presidente americano foi obrigado a falar com procuradores federais em algum momento. O presidente eleito Barack Obama, porém, pode ter alcançado mais um recorde ao fazê-lo antes mesmo de tomar posse, observa o diário "The New York Times" nesta quinta-feira.

Conforme o jornal, na semana passada, Obama teve uma reunião com dois procuradores e dois agentes do FBI (a polícia federal americana) sobre a denúncia de que o governador de Illinois, Rod Blagojevich, tentava vender a vaga dele no Senado. Obama compareceu com o advogado pessoal, Robert F. Bauer, e um sócio dele.

O encontro durou duas horas e não foi gravado nem realizado sob juramento. De acordo com o "NYT", entretanto, um dos agentes do FBI e o sócio do advogado de Obama fizeram muitas anotações, "e é sempre ilegal mentir a investigadores federais". "Mais como testemunha que como alvo, Obama teve uma entrevista mais calma do que as dos seus predecessores. Mas, certamente, não era assim que ele queria iniciar sua Presidência", afirma o "NYT".

"O cara nem escolheu o smoking para o baile e já há um procurador querendo falar com ele", disse o advogado Robert S. Bennett, que trabalhou com diversos congressistas, secretários e com o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001).

Outra mudança em relação aos predecessores foi a forma como Obama não relutou em dar explicações. "No passado, alguns presidente só colaboraram com procuradores ou tribunais de forma relutante, atrasando ou tentando manobras para limitar seu envolvimento com base em preocupações sobre suas prerrogativas como chefes do Executivo."

Desta vez, porém, nunca houve dúvida de que Obama estaria disposto a responder questões. Se, por um lado, isso ocorreu porque ele não estava necessariamente envolvido no caso, por outro, seria mais difícil um presidente eleito que a um presidente empossado alegar sigilo de algum aspecto de uma conversa.

Os depoimentos de presidentes americanos tornaram-se comuns depois do início da década de 70, com o caso Watergate. Na época foi descoberto um sistema de escutas para vigiar os integrantes do Partido Democrata, que fazia oposição ao então presidente, Richard Nixon. O caso levou Nixon a renunciar, em 1974.

Depois disso, Gerald Ford depôs, por meio de uma gravação, no júri de uma mulher que tinha tentado mata-lo; Jimmy Carter depôs em várias ações contra terceiros; Ronald Reagan, após deixar a Casa Branca, depôs, também por meio de uma gravação, no júri de um assessor; e George H. W. Bush depôs quando ainda era vice-presidente.

Bill Clinton depôs ao menos dez vezes, principalmente no caso envolvendo a estagiária Monica Lewinsky; e o atual presidente, George W. Bush, depôs sobre o vazamento da identidade de uma agente da CIA (a agência de inteligência americana).

Comentários dos leitores
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
Obrigado pela dica! Um bom documentario sobre o poder dos bancos. sem opinião
avalie fechar
Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Para J.R.:
Interessante seu conhecimento de política internacional, mas falta um esclarescimento:
Assista ao documentário de Charlie Sheen "a verdade liberta voce" no youtube. Vai gostar de ligar os pontinhos...
sem opinião
avalie fechar
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Bom, vamos esperar que parte desses BILHÕES sejam destinados à retirada de tropas dos países que eles invadiram. E esperar que este valor não seja atrelado à dívida externa dos mesmos... 4 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (1744)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página