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29/11/2002
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07h49
O governo australiano tomou conhecimento das ameaças terroristas em Mombaça (Quênia) mais de duas semanas antes dos atentados de ontem contra um hotel da cidade queniana, que deixou 16 mortos (dez quenianos, três israelenses e os três autores do ataque), afirmaram hoje autoridades da Austrália.
O Ministério das Relações Exteriores não quis revelar as fontes da informação que o levou a desaconselhar australianos no dia 12 de novembro a viajar a Mombaça.
No dia 12, o governo da Autrália fez uma recomendação para que os australianos não viajassem a Mombaça ou partissem de lá imediatamente. "A Austrália não tinha informação específica sobre o momento, o local ou os métodos dos possíveis ataques", disse o chanceler Alexander Downer em uma nota.
No alerta, o governo australiano apontava também para o risco de ataques em Nairóbi, a capital do Quênia, e pedia especial cuidado com áreas normalmente frequentadas por estrangeiros, como hotéis, bares, escolas especiais ou igrejas.
A Austrália pede mais cautela a seus cidadãos no exterior desde 12 de outubro, quando uma série de bombas em Bali, na Indonésia, matou mais de 180 pessoas, metade delas australianas. O governo foi criticado por não ter alertado a população sobre o risco de viajar à Indonésia.
O primeiro-ministro John Howard disse que, a exemplo das autoridades quenianas e israelenses, também acha que a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden, está envolvida nos ataques de ontem em Mombaça. "Tem todos os ingredientes: planejamento sofisticado, sincronia dos dois incidentes e foco em um alvo, neste caso os israelenses", afirmou.
Os Estados Unidos acham que ainda não há provas de que a Al Qaeda está por trás desses ataques. O grupo é suspeito também pelos ataques de Bali e nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001.
Uma organização clandestina até agora desconhecida, o Exército da Palestina, reivindicou o ataque antiisraelense ocorrido ontem, em Mombaça, em um comunicado enviado a uma agência de notícias ocidental em Beirute.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-270_quenia_tanzania.gif)
Em um comunicado datilografado em árabe, "o comando geral" do grupo, que afirma fazer parte do "governo no exílio de toda a Palestina", diz ter enviado duas unidades para fazer os ataques, de forma que "o mundo possa ouvir de novo a voz dos refugiados palestinos [...] e para ressaltar o terrorismo sionista na Cisjordânia e em Gaza".
A decisão, segundo o texto, foi tomada para comemorar "o 55º aniversário da sinistra resolução de divisão a Palestina" e devido "à negligência ante o problema palestino, em especial o dos refugiados, que, desde 1948, sofrem continuamente" por múltiplos problemas.
Com agências internacionais
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Governo da Austrália advertiu sobre riscos de ataques no Quênia
da Folha OnlineO governo australiano tomou conhecimento das ameaças terroristas em Mombaça (Quênia) mais de duas semanas antes dos atentados de ontem contra um hotel da cidade queniana, que deixou 16 mortos (dez quenianos, três israelenses e os três autores do ataque), afirmaram hoje autoridades da Austrália.
O Ministério das Relações Exteriores não quis revelar as fontes da informação que o levou a desaconselhar australianos no dia 12 de novembro a viajar a Mombaça.
No dia 12, o governo da Autrália fez uma recomendação para que os australianos não viajassem a Mombaça ou partissem de lá imediatamente. "A Austrália não tinha informação específica sobre o momento, o local ou os métodos dos possíveis ataques", disse o chanceler Alexander Downer em uma nota.
No alerta, o governo australiano apontava também para o risco de ataques em Nairóbi, a capital do Quênia, e pedia especial cuidado com áreas normalmente frequentadas por estrangeiros, como hotéis, bares, escolas especiais ou igrejas.
A Austrália pede mais cautela a seus cidadãos no exterior desde 12 de outubro, quando uma série de bombas em Bali, na Indonésia, matou mais de 180 pessoas, metade delas australianas. O governo foi criticado por não ter alertado a população sobre o risco de viajar à Indonésia.
O primeiro-ministro John Howard disse que, a exemplo das autoridades quenianas e israelenses, também acha que a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden, está envolvida nos ataques de ontem em Mombaça. "Tem todos os ingredientes: planejamento sofisticado, sincronia dos dois incidentes e foco em um alvo, neste caso os israelenses", afirmou.
Os Estados Unidos acham que ainda não há provas de que a Al Qaeda está por trás desses ataques. O grupo é suspeito também pelos ataques de Bali e nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001.
Uma organização clandestina até agora desconhecida, o Exército da Palestina, reivindicou o ataque antiisraelense ocorrido ontem, em Mombaça, em um comunicado enviado a uma agência de notícias ocidental em Beirute.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-270_quenia_tanzania.gif)
Em um comunicado datilografado em árabe, "o comando geral" do grupo, que afirma fazer parte do "governo no exílio de toda a Palestina", diz ter enviado duas unidades para fazer os ataques, de forma que "o mundo possa ouvir de novo a voz dos refugiados palestinos [...] e para ressaltar o terrorismo sionista na Cisjordânia e em Gaza".
A decisão, segundo o texto, foi tomada para comemorar "o 55º aniversário da sinistra resolução de divisão a Palestina" e devido "à negligência ante o problema palestino, em especial o dos refugiados, que, desde 1948, sofrem continuamente" por múltiplos problemas.
Com agências internacionais
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