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06/01/2009 - 15h47

Hospitais de Gaza podem entrar em colapso, diz ONG

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da Efe

Os hospitais de Gaza estão à beira do colapso devido à contínua chegada de feridos civis, enquanto Israel segue com sua ofensiva militar nesse território palestino densamente povoado, denunciou hoje a ONG britânica Oxfam em comunicado. Pelo menos 550 palestinos foram mortos e 2.500 feridos desde o início da ofensiva israelense em 27 de dezembro.

Khalil Hamra/AP
Palestina e filha passam por escombros de prédio usado pelos radicais do Hamas que foi destruído pelo Exército israelenses
Palestina e filha passam por escombros de prédio usado pelos radicais do Hamas que foi destruído pelo Exército israelenses

Dezenas de milhares de famílias palestinas se encontram em uma situação desesperadora, enquanto as baixas civis sobrecarregam o sistema hospitalar, informa o comunicado, segundo o qual os médicos sofrem com falta de remédios e equipamentos essenciais para atender aos feridos.

Alguns paramédicos morreram por causa dos ataques, e várias clínicas tiveram que fechar por culpa da proximidade com as zonas de combate, segundo o diretor da Oxfam Grã-Bretanha em Jerusalém, John Prideaux-Brune.

"Os hospitais têm também dificuldades para funcionar devido aos contínuos cortes de eletricidade. O combustível utilizado pelos geradores está acabando. Dezenas de pacientes se expõem a uma morte certa se os geradores falharem", informa um funcionário da Oxfam.

Na segunda-feira, os geradores dos ambulatórios subordinados ao ministério da Saúde, os depósitos de vacinas, os laboratórios e outras instalações tiveram que fechar temporariamente, pois o combustível necessário para seu funcionamento tinha acabado.

"Muitas famílias que precisam do básico, como água e alimentos, têm medo demais de sair de casa. Algumas podem se deslocar localmente, mas as condições mudam a cada instante e, assim, em alguns mercados caíram projéteis", explica Prideaux-Brune.

A ofensiva terrestre israelense dividiu em pelo menos duas partes a faixa de Gaza, com o que foram interrompidos os contatos entre elas e foi bloqueado o transporte de doentes e de provisões médicas.

Segundo o representante da Oxfam, "cada dia que passa sem que se chegue a uma trégua custa a vida de muitos inocentes. Os diplomatas estrangeiros, os governos e as partes do conflito devem deixar de perder o tempo, atribuindo responsabilidades e antepor os imperativos humanitários aos objetivos políticos".

No comunicado, a Oxfam faz um apelo ao Conselho de Segurança da ONU para que adote uma resolução vinculativa que exija o fim imediato da violência em Gaza por todas as partes em conflito e pede a Israel e ao Hamas para se comprometer com uma trégua imediata, permanente e que inclua tudo.

 

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